sábado, 1 de abril de 2017

A atual situação venezuelana

                              
         A decisão da Corte Suprema venezuelana de voltar atrás de sua incrível postura de assumir as atribuições da Assembleia Nacional daquele país foi noticiada na manhã de hoje por este blog.
         A suposição é que, diante da generalizada repulsa a esse ato tão atrabiliário, quanto inconsueto - por faltar-lhe qualquer base ou justificativa legal - o Presidente Nicolas Maduro terá determinado àquela Corte que voltasse atrás de sua absurda determinação.
         Depois de ter aumentado a lotação da referida Corte, quando da vitória da oposição venezuelana nas últimas eleições para a  Assembléia Nacional, com que Nicolás Maduro cuidara de precaver-se contra as decisões  desse órgão legislativo, em função do mandato popular que recebera (o povo venezuelano elegera substancial maioria oposicionista para o órgão legislativo).
         Também já foi assinalada a suspeição - que se avizinha da certeza - de que então o afastamento de três deputados opositores visara retirar da oposição o número necessário, disposto oficialmente para constituir a maioria regimental legal e constitucionalmente habilitada para tomar as devidas providências para as ações que se tornassem necessárias, diante de eventuais medidas e ações do governo chavista de Maduro, que fossem consideradas pela Oposição como ilegais ou mesmo inconstitucionais, diante da legislação vigente.
           Por outro lado - e a imprensa americana não deixou hoje de sinalizá-lo - ainda não foi dada a conhecer a redação da decisão da Corte Suprema de voltar atrás na sua absurda postura de assumir a competência da Assembleia Nacional Venezuelana.
            Dadas as estranhíssimas atitudes de Corte Constitucional, que não hesita em desrespeitar a Constituição, se para tanto ordenar o Ditador Nicolás Maduro, a recente disposição dessa Corte voltando atrás de sua estranhíssima postura anterior deve ser conhecida em toda a própria extensão.
            Os poderes anteriores da Assembléia foram acaso restabelecidos? Ou haverá acaso "exceções" a tal determinação, pela qual um Tribunal dito Supremo encampa os poderes da Assembléia Nacional ?


( Fonte: The New York Times )

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