O regime de Nicolás
Maduro, além da própria boçal violência que
é assaz comum nas ditaduras, vem contando até agora com o estranho apoio do
Ministro da Defesa, General Vladimir
Padrino López. Esse apoio é fundamental para Maduro, eis que a maior parte do
oficialato encara com frieza a eventual
participação das Forças Armadas no combate à oposição.
Os métodos do presidente chavista e sua
utilização da polícia militar em intervenções violentas vem criando inegável
mal-estar entre o oficialato. Em off, a filosofia de grande parte do oficialato
pode ser resumida na frase pronunciada pelos próprios: "chegamos até o
precipício, mas não vamos nos atirar".
Perguntado pelo jornalista o que seria
atirar-se do precipício, o oficial disse: "acompanhar o governo Maduro
numa aventura ditatorial mais violenta, ou seja, partir para repressão mais
feroz".
Segundo consta, o general Padrino López
e a cúpula militar estão envolvidos em altos negócios com o governo chavista,
tendo presente a sua suposta participação no tráfico de drogas. Com os ganhos e
promessas do narco-tráfico - que estaria entre as principais fontes de sustentação
financeira do governo Maduro - Padrino
López pode pronunciar jóias como quando questionou ele "a falta de um
pronunciamento da OEA diante de atos violentos convocados pela Mesa da Unidade
Democrática (MUD)" (sic).
A MUD tenciona solicitar do Governo
brasileiro que proíba a venda à Venezuela de munições tóxicas, principalmente
gás lacrimogêneo, que estaria sendo vendido - para sua vergonha - por empresas
brasileiras ao Governo de Nicolás Maduro.
Segundo se veicula, existem artigos de gás lacrimogêneo já vencido desde 2015, e que continuam sendo vendidos por
empresas brasileiras.
Repugna tal prática de municiar
regimes corruptos e repressivos com gás lacrimogêneo, e com validade vencida. Esse
tipo de gás, além de poder matar, causa sufocação nos atingidos, e até mesmo
cegueira.
(
Fonte: O Globo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário