Que não tenha
dúvidas a coalizão de forças que está por trás da ditadura de Nicolás Maduro. De que valerá ao tirano esconder-se
atrás dos ridículos títulos das forças de que se serve para tentar intimidar a
Nação Venezuelana?
Não é só melancólico e revoltante
que manifestação democrática feita pela marcha dos opositores ao governo de
Nicolás Maduro haja sido violentamente reprimida pelas chamadas Guarda Nacional
Bolivariana e Polícia Nacional Bolivariana. A violência e a boçalidade são as
marcas desses grupos de pretensos policiais. Em verdade, colocar tais formações
sob o nome do Libertador das Américas constitui já uma afronta ao nome do grande
Bolívar.
A marcha foi um exercício de coragem
e não só das principais figuras da Mesa de Unidade Democrática, nas pessoas de
Júlio Borges, presidente da Assembléia Nacional (AN) e de Henrique Capriles,
governador do Estado de Miranda, que tiveram de ser internados em hospitais de
Caracas, pelos gases lacrimogêneos e outros contra eles lançados pelos
uniformizados facínoras das muitas guardas do Ditador Maduro.
Tudo tentou o governo que
cinicamente instrumentaliza o nome de Bolivar para obstaculizar e buscar
inviabilizar a manifestação organizada pelas forças democráticas.
Não surpreende que Maduro &
Associados, autores da hiperinflação
e do mais amplo desabastecimento que
imaginar-se possa, só conheçam a força bruta. Esta, ilegalmente subvencionada, pois dirigida contra o próprio Povo
venezuelano, possui uma coordenação que espanta em gente que nada é capaz de
criar além da vergonhosa hiperinflação em que se debate o país. Agora, ei-los
retornando às ruas e praças, assustados pelo apoio popular à democracia,
recorrer à violência dos meganhas das diversas guardas para tentar contrapor-se
a uma marcha pela democracia do povo venezuelano!
Que grande medo é esse das
manifestações pacíficas de uma população sofrida, a ponto de fechar o metrô, barrar-lhes
o caminho em praças e avenidas, além de cinicamente lançar contra os pacíficos
manifestantes tropas violentas, a que o regime de Maduro chama de bolivarianas
?
A manifestação democrática foi
reprimida com a violência e a ferocidade reservadas a um ataque inimigo, e não
ao que pretende ser expressão da democracia e da liberdade.
Além das agressões sofridas
pelo deputado Júlio Borges, presidente da Assembléia Nacional - que foi
fisicamente agredido, e também com gás pimenta, e que por isso teve de ser
internado em hospital.
Assinale-se que vários deputados da
oposição passaram mal por causa dos
gases lançados pelas forças ditas de segurança. Dentre esses, Milagros Valero,
Richard Blanco e Henry Ramos Allup (ex-presidente da AN), além de Lilian
Tintori, mulher de Leopoldo López, líder da Vontade Popular e preso desde
fevereiro de 2014.
Consoante Carlos Romero,
professor da Universidade Central da Venezuela (UCV) a mensagem dada pelo
chavismo se resume a "Não passarão". Como sempre, os chavistas se
apropriam da mensagem tipo escatológico, como as da resistência de Dolores Ibarruri
do "No Pasarán", que dizia respeito à luta contra os fascistas.
Não há decerto qualquer
semelhança entre Dolores Ibarruri[1],
La Pasionaria do regime da República Espanhola e os gangsters do regime de
Nicolas Maduro.
Pois na verdade em que se
transformou o regime de Hugo Chávez ? Nada a ver com o de Nicolás Maduro? Este
impede por todos os meios o instituto do recall, a que Hugo Chávez não teve
medo de concorrer e vencer.
Nicolas Maduro não é apenas uma grotesca
caricatura de Hugo Chávez. Ele usou de toda a desfaçatez para evitar ser submetido
ao recall, como constitucionalmente a Oposição requereu. Valeu-se de todas as
trapaças e subterfúgios para não cumprir a obrigação constitucional do Recall.
Diante de tão sólida incompetência, é compreensível mas inaceitável a sua
covardia em não enfrentar o instituto democrático que faz parte do legado de
Hugo Chávez Frias.
Em associação corrupta, de índole
ditatorial, que para a repressão do povo democrata da Venezuela apela para as
figuras de Bolivar e da mulher corajosa que foi a comunista Dolores Ibarruri.
Os chavistas hodiernos e seu
líder, Nicolas Maduro hoje entendem
apenas de ditadura, desabastecimento, hiperinflação e narcotráfico.
Para esses inimigos da
democracia, a lata de lixo da História os espera. Não pensem homiziar-se na
repressão e na violência contra a democracia e as forças que a defendem.
Basta de ditadura!
( Fonte:
O Globo )
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