A
mãe de todas as Bombas
Os
Estados Unidos lançaram nesta última quinta-feira, dia treze de abril, a
GBU-43/B, que teve como alvo os túneis (e as cavernas) utilizados pela milícia
radical Estado Islâmico, na
província de Nangarhar, no Afeganistão.
A bomba-monstro, com 9,1m de
comprimento e 10,3 tons, tem o poder de 11 kilotons, quatro kilotons a
menos que a bomba de Hiroshima. Este
explosivo, projetado em 2002, foi ora usado por primeira e, auguramos, última
vez.
A bomba tem aletas guiadas por
GPS. Ela é acionada pouco acima da superfície. Incinera todo o oxigênio
disponível, destruindo tudo o que esteja a 1,6 km da explosão.
O governador do distrito afegão
de Achin, Esmail Shiwari, disse à AFP que a bomba caíu em área chamada Momand
Dara: "Enormes colunas de fogo tragaram toda a área." Como se trata
de área sob o controle do Estado Islâmico, o governador acrescentou que não há informação sobre o número das vítimas desse monstruoso
engenho...
Ranking do Caixa Dois
O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e o Ministro da
Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab
(PSD) lideram o ranking (infame) da planilha do Caixa Dois, entregue pela Odebrecht,
em termos de delação.
Se essa liderança não é porventura
muito bemvista pelos seus ocupantes, deve-se notar que os montantes envolvidos
terão de ser bastante grandes, eis que esse documento traz o elenco de 182 políticos e lista pagamentos
que somam R$ 247 milhões.
Para Sérgio Cabral, que já frequenta a cadeia de Bangu 2, o valor do Caixa Dois é de 61milhões, 996 mil e
oitocentos reais.
Quanto ao Sr. Kassab (PSD) o valor do Caixa
Dois monta a 21 milhões, 251 mil
e 676 reais.
Constam também dessa lista da
Odebrecht, pela ordem de valores percebidos em Caixa Dois os seguintes
políticos, abaixo dos ponteiros Cabral e Kassab:
Luiz Fernando Pezão (PMDB):20 milhões, 300 mil reais (governador do
Rio de Janeiro);
Eduardo Paes (PMDB), 16 milhões e cento e vinte
mil reais (ex-prefeito do Rio de Janeiro);
Júlio Lopes (PP),15 milhões, e seiscentos e
trinta e seis mil reais (deputado federal);
Anthony Garotinho (PR), treze milhões e doze mil reais(ex-governador
do Rio de Janeiro);
Geraldo
Alckmin (PSDB), nove milhões e seiscentos mil reais,
governador de São Paulo;
Eliseu Padilha (PMDB), sete milhões e duzentos mil reais, Ministro
da Casa Civil (Rio de Janeiro);
Antonio Anastasia (PSDB), cinco milhões e quatrocentos
e setenta e cinco mil, Senador por Minas Gerais;
Lindbergh Farias (PT), Senador (RJ), cinco milhões e trezentos e
noventa oito mil reais.
Apenas um adendo sobre o último dessa lista do caixa dois.
Recordo-me que muito antes do estouro do magno escândalo, agora tornado público
pelo Ministro Edson Fachin, que é o magistrado responsável pela Lava-Jato
no Supremo e que sucedeu ao finado Teori
Zavascki, vi e ouvi pela tevê o Senador
petista Lindbergh Farias, com voz chorosa, dizendo que limparia o nome
dele, por acusações que reputava injustas. Não sei se os cariocas se recordam
do jovem Lindbergh, que então batalhava para eleger-se no nível do estado do
Rio, pelo PSTU (se não me engano), e apesar de seus propósitos não logrou
vencer a barreira do nível mínimo indispensável para conseguir eleger-se saindo
de uma legenda nanica. Era nobre batalha, que impressionava pelo animus de
arrancar o mandato saindo de um partido anão mas de nobres propósitos.
Queixas do Patriarca da Odebrecht
O Sr. Emílio Odebrecht, o "patriarca"
da grande Empreiteira dessa pequena
República, disse a Folha sentir-se "incomodado" com o fato de,
segundo o próprio, a imprensa tratar as revelações da empreiteira que leva seu
sobrenome "como se fossem surpresa".
"O que nós temos não é de cinco,
de dez anos. É de trinta anos. Esse sistema era um negócio
institucionalizado, normal (sic). O que me surpreende - e quero enfatizar - é
quando vejo todos esses poderes, a imprensa, tudo, como se isso fosse surpresa.
Me incomoda isso", afirmou o patriarca dos Odebrecht.
Por escrito Emílio Odebrecht sustenta
que "tudo isso acontecia 'nas
barbas' das elites (políticos, empresários, imprensa, entidades
representativas)".
"Era do co nhecimento explício ou implícito de todos ou
pelo menos da maioria dessas elites. A aceitação era generalizada e todos se
acomodavam por motivos individuais e diversos" (sic, conforme escreveu).
O referido chefe do clã Odebrecht
também anotou que há interesse recíproco no estreitamento de relações entre
agentes públicos e o setor privado.
"Seja para apoiar projetos e
ações legítimas em razão de seu simples mérito, seja para condicionar seu
apoio, mesmo a projetos e ações legítimas, a contrapartidas financeiras
indevidas", escreveu,consoante a reportagem da Folha, o chefe do clã
Odebrecht.
Ajuda para a Revista
Carta Capital
Emilio e seu filho Marcelo - que
está preso em Curitiba - revelaram em depoimentos que receberam pedidos para
(sic) ajudar a revista
"Carta Capital" e que o grupo Odebrecht aceitou fazer empréstimo
de R$ 3 milhões à publicação.
Assinale-se, de resto, que o montante em
causa foi providenciado pelo setor de pagamentos de propina e de recursos de
Caixa Dois. Pelo relato dos delatores,
não se tratava de empréstimo formal.
A tal propósito, Emílio Odebrecht
afirma que recebeu um pedido do ex-Presidente Lula da Silva, para ajudar (sic)
a publicação, enquanto Marcelo Odebrecht diz que Guido Mantega fez a mesma
solicitação a ele. Segundo os delatores da Odebrecht, a dívida foi paga com
espaço publicitário na revista.
Em nota, a editora responsável pela publicação afirma que, de 2007 a
2009, a Odebrecht fez um adiantamento de publicidade no valor de R$ 3,5 milhões
à revista, e diz tratar-se de operação normal, sem intermediários.
Lula não se manifestou e a
defesa de Mantega apontou a contradição
entre os depoimentos.
( Fonte: Folha de S. Paulo)
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