De
comum acordo, os líderes das principais economias mundiais encarecem ao
presidente Nicolás Maduro a convocação de novas eleições no país, colocando
assim mais pressão sobre o líder venezuelano.
Em comunicado, os líderes do G-7 acusaram o
governo de Caracas de "autoritarismo", em virtude das restrições
impostas à votação do fim de semana que reelegeu Maduro. O referido documento foi assinado por Canadá,
França, Alemanha Itália, Japão, Reino Unido, Estados Unidos e pela União
Europeia.
Assim reza o documento: "Ao se
recusar a aceitar os padrões internacionais e não estabelecer garantias básicas
para um processo democrático, inclusivo e justo, esta eleição e seu resultado
não tem legitimidade ou credibilidade", declararam os líderes do G-7.
"Portanto, denunciamos a eleição presidencial venezuelana e seu resultado
por não serem representativos da vontade democrática dos cidadãos da
Venezuela."
Para o G-7, o governo venezuelano
perdeu a oportunidade de uma retificação política. "Enquanto o regime de
Nicolás Maduro solidifica seu controle autoritário, o povo da Venezuela
continua a sofrer abusos dos direitos humanos e sérias privações, causando o
deslocamento cada vez maior e afetando países na região", diz a nota.
"Pedimos ao regime de Maduro
que restabeleça a democracia constitucional na Venezuela e organize eleições
livres e justas que possam, de fato, refletir a vontade democrática do povo,
que libere os presos políticos, restaure a autoridade da Assembleia Nacional e
garanta acesso ao país para as agências humanitárias."
O bloco das maiores economias do
mundo garantiu ainda estar "comprometido" em apoiar uma solução
"negociada, pacífica e democrática" para a crise vivida pela
Venezuela. Nesta semana, além das novas sanções adotadas pela Casa Branca, os
europeus indicaram que também estudam medidas "adequadas" para
responder à reeleição de Maduro.
Com menos de 50% de participação
do eleitorado, Maduro foi reeleito para governar o país até 2025. A eleição, no
entanto, foi marcada por acusações de fraude, falta de liberdade para os
eleitores e, principalmente, pela falta de reconhecimento por grande parte da
comunidade internacional.
(
Fonte: O Estado
de S. Paulo )
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