Afinal, os dois principais partidos
italianos - conforme o indica a última eleição - concordaram nas bases para o
futuro governo.
O impasse italiano já perdurava por
quase dez semanas, que é um tempo considerável, mesmo na bota italiana.
Dessarte, o Movimento Cinco Estrelas e a Liga
Ultranacionalista anunciam, por fim, que definiram as bases do futuro governo.
Vencedores nas eleições legislativas
de quatro de março - é lógico que nenhum dos dois partidos obteve maioria para
governar sozinho - as dificuldades começaram a ser aplainadas primo
com a 'benção' de Silvio Berlusconi, que autorizou a Liga a conversar com o M 5 S, sem romper a aliança
conservadora.
O plano seria consolidar a aliança
até esta segunda-feira, prazo dado pelo Presidente Sergio Mattarella para a
conclusão das negociações.
A Itália está sem governo desde 24
de março p.p...
Em nota, M5S e Liga declaram que
encontraram "diversos pontos de convergência programática", que prevê
a abolição da reforma previdenciária italiana, a "desburocratização"
do país, a redução dos custos da política e o combate à imigração clandestina.
As coisas começam a piorar com a
aceitação pela Liga e o M5S de dois pontos para eles cruciais: aliquota única
no imposto de renda (bandeira da legenda ultra-nacionalista) e a renda da
cidadania, projeto da sigla antissistema que garanta que cidadãos na linha da
pobreza tenham ao menos Lire 780 no bolso...
Com a demagogia já anunciada, o
problema agora será saber quem vai dirigir esse dúbio e custoso acordo (para o Erário
italiano). O líder do movimento cinco
estrelas procura alguém que não seja nem ele, nem o prócer da Liga, Matteo
Salvini...
O que se pode dizer de um
gabinete a que os dois chefes dos partidos - que supostamente devem sustentá-lo
- não querem saber de presidi-lo?
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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