sábado, 12 de maio de 2018

Juíza decreta prisão agressores de empresário


                        

      A juíza Débora Faitarone decretou a onze do corrente a prisão preventiva do ex-vereador Manoel Eduardo Marinho (alcunhado  Maninho do PT) e de seu filho, Leandro Eduardo Marinho, por tentativa de homicídio, duplamente qualificado, contra o empresário Carlos Alberto Bettoni, praticada na frente do "Instituto Lula".
      Na decisão, a juiza assinala que o petista e o filho "contaram com a impunidade, que não veio e não virá". No dia cinco de abril, quando o juiz Moro mandara prender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o empresário Bettoni foi à porta do Instituto Lula em São Paulo, e discutiu com manifestantes. Durante a confusão que se seguiu, Bettoni é agredido por Maninho e seu filho Leandro.
      A juiza, na decisão, também destaca que "a vítima permaneceu dias na UTI. O estado dela ainda é gravíssimo, não obstante já tenha deixado o hospital. O laudo pericial juntado aos autos acusa traumatismo craniano (ferimento corto contuso na região da cabeça com afundamento parietal posterior à esquerda. Hemorragia em lobo frontal e temporal direitos e traumatismo  com fraturas na porção óssea do septo nasal)."
       Segundo a magistrada, Maninho e seu filho "contaram com a impunidade, que não veio e não virá". "Eles não podem permanecer em liberdade após a prática de um crime doloso contra a vida, praticado de maneira tão covarde."
       Ainda conforme o despacho da Juíza Débora Faitarone  "as imagens demonstraram  que a vítima, por diversas vezes, pediu para que os réus mantivessem a calma. Ela ergueu o braço, com a palma da mão aberta e implorou para que eles cessassem as agressões. Ela tentou fugir dos réus, mas infelizmente não conseguiu". 
        Para a magistrada, a "liberdade dos acusados geraria, na sociedade, uma enorme sensação de impunidade e a impunidade é um convite ao crime".  "O Brasil é o país com o maior número de homicídios do mundo e isso exige responsabilidade social por parte do Poder Judiciário", escreveu a Juiza Débora.
         Anteontem, o promotor Luiz Eduardo Levit Zilberman já havia denunciado o ex-vereador e seu filho por tentativa de homicídio  duplamente qualificado.  Segundo o promotor, o crime foi cometido por motivo torpe "decorrente de intolerância diante da suposição de que a vítima estivesse no local a protestar contra o ex-Presidente da República e seus apoiadores políticos", e com emprego de meio cruel. Zilberman pediu o arquivamento do caso em relação ao sindicalista Paulo Cayres, conhecido como 'Paulão', que chegou a ser indiciado.
             Sem resposta da defesa dos acusados, a defesa do empresário diz que "a prisão cautelar decretada além de muito bem fundamentada, atende os anseios da sociedade e traz segurança à vítima".  

( Fonte: O Estado de S. Paulo)

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