A juíza Débora Faitarone decretou a onze
do corrente a prisão preventiva do ex-vereador Manoel Eduardo Marinho (alcunhado
Maninho do PT) e de seu filho, Leandro
Eduardo Marinho, por tentativa de homicídio, duplamente qualificado, contra o
empresário Carlos Alberto Bettoni, praticada na frente do "Instituto
Lula".
Na decisão, a juiza assinala que o
petista e o filho "contaram com a impunidade, que não veio e não virá".
No dia cinco de abril, quando o juiz Moro mandara prender o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, o empresário Bettoni foi à porta do Instituto Lula em São
Paulo, e discutiu com manifestantes. Durante a confusão que se seguiu, Bettoni é
agredido por Maninho e seu filho Leandro.
A juiza, na decisão, também destaca que
"a vítima permaneceu dias na UTI. O estado dela ainda é gravíssimo, não
obstante já tenha deixado o hospital. O laudo pericial juntado aos autos acusa
traumatismo craniano (ferimento corto contuso na região da cabeça com
afundamento parietal posterior à esquerda. Hemorragia em lobo frontal e
temporal direitos e traumatismo com
fraturas na porção óssea do septo nasal)."
Segundo a magistrada, Maninho e seu
filho "contaram com a impunidade, que não veio e não virá".
"Eles não podem permanecer em liberdade após a prática de um crime doloso
contra a vida, praticado de maneira tão covarde."
Ainda conforme o despacho da Juíza
Débora Faitarone "as imagens
demonstraram que a vítima, por diversas
vezes, pediu para que os réus mantivessem a calma. Ela ergueu o braço, com a
palma da mão aberta e implorou para que eles cessassem as agressões. Ela tentou
fugir dos réus, mas infelizmente não conseguiu".
Para a magistrada, a "liberdade dos
acusados geraria, na sociedade, uma enorme sensação de impunidade e a
impunidade é um convite ao crime".
"O Brasil é o país com o maior número de homicídios do mundo e isso
exige responsabilidade social por parte do Poder Judiciário", escreveu a
Juiza Débora.
Anteontem, o promotor Luiz Eduardo
Levit Zilberman já havia denunciado o ex-vereador e seu filho por tentativa de
homicídio duplamente qualificado. Segundo o promotor, o crime foi cometido por
motivo torpe "decorrente de intolerância diante da suposição de que a
vítima estivesse no local a protestar contra o ex-Presidente da República e
seus apoiadores políticos", e com emprego de meio cruel. Zilberman pediu o
arquivamento do caso em relação ao sindicalista Paulo Cayres, conhecido como 'Paulão',
que chegou a ser indiciado.
Sem resposta da defesa dos
acusados, a defesa do empresário diz que "a prisão cautelar decretada além
de muito bem fundamentada, atende os anseios da sociedade e traz segurança à
vítima".
(
Fonte: O Estado de S. Paulo)
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