domingo, 13 de maio de 2018

Marielle: a Polícia investiga


                                           
        
         Apontado por testemunha-chave como um dos mandantes da morte de Danielle, o ex-PM Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando de Curicica negocia com policiais civis e promotores fazer uma delação premiada, segundo fonte que acompanha a investigação.
          Suspeito de ser chefe de uma milícia e condenado por homicídio, Araújo está preso em regime disciplinar diferenciado em Bangu 1.
          Já na reconstituição do crime, que atravessou  a madrugada de ontem, policiais confirmaram que foi usada uma sub-metralhadora na execução.
           O miliciano deverá ser levado para a sede da Divisão de Homicídios (DH) na próxima semana. Investigadores querem saber se ele forneceria informações relevantes para justificar a concessão de benefícios previstos em acordo de delação premiada, como uma eventual redução de pena.
           Em nota, a Polícia Civil informou que o delegado Giniton Lages, titular da Delegacia de Homicídios da capital, esteve em Bangu 1 depois de ser chamado pelo próprio Orlando.  Segundo a corporação, ele e uma equipe de investigadores o ouviriam sobre o homicídio de Marielle e Anderson. Ainda de acordo com o comunicado, "na conversa, mesmo após ter  pedido a presença do delegado, o detento disse que não prestaria depoimento formal". A nota também destaca que "o delegado informou ao preso os seus direitos  e propôs que ele conversasse com seu advogado antes de tomar uma decisão."
            Após o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, ter dito anteontem que a investigação está chegando à etapa final, o Palácio do Planalto fechou uma estratégia para divulgar as informações finais do caso. É cogitada a possibilidade  de o presidente Michel Temer fazer um pronunciamento sobre a conclusão do trabalho da Polícia.
             Autoridades de Rio e Brasília disseram ontem ao jornal O Globo que o Comandante da intervenção federal na Segurança Pública do estado, general Walter Braga Netto, está encarregado de comunicar diretamente ao Presidente o desfecho da investigação. Anteontem, durante uma reunião, Temer ouviu relatos sobre o caso.

( Fonte: O Globo )

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