Apontado
por testemunha-chave como um dos mandantes da morte de Danielle, o ex-PM Orlando
Oliveira de Araújo, o Orlando de
Curicica negocia com policiais civis e promotores fazer uma delação
premiada, segundo fonte que acompanha a investigação.
Suspeito de ser chefe de uma milícia e condenado por homicídio, Araújo
está preso em regime disciplinar diferenciado em Bangu 1.
Já
na reconstituição do crime, que atravessou
a madrugada de ontem, policiais confirmaram que foi usada uma
sub-metralhadora na execução.
O
miliciano deverá ser levado para a sede da Divisão de Homicídios (DH) na
próxima semana. Investigadores querem saber se ele forneceria informações
relevantes para justificar a concessão de benefícios previstos em acordo de
delação premiada, como uma eventual redução de pena.
Em
nota, a Polícia Civil informou que o delegado
Giniton Lages, titular da Delegacia
de Homicídios da capital, esteve em Bangu 1 depois de ser chamado pelo próprio
Orlando. Segundo a corporação, ele e uma
equipe de investigadores o ouviriam sobre o homicídio de Marielle e Anderson.
Ainda de acordo com o comunicado, "na conversa, mesmo após ter pedido a presença do delegado, o detento
disse que não prestaria depoimento formal". A nota também destaca que
"o delegado informou ao preso os seus direitos e propôs que ele conversasse com seu advogado
antes de tomar uma decisão."
Após o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, ter dito anteontem que a investigação está chegando
à etapa final, o Palácio do Planalto
fechou uma estratégia para divulgar as informações finais do caso. É cogitada a
possibilidade de o presidente Michel Temer
fazer um pronunciamento sobre a conclusão do trabalho da Polícia.
Autoridades de Rio e Brasília disseram ontem ao jornal O Globo que o Comandante da intervenção
federal na Segurança Pública do estado, general
Walter Braga Netto, está
encarregado de comunicar diretamente ao Presidente o desfecho da investigação. Anteontem, durante uma reunião, Temer ouviu relatos sobre o caso.
(
Fonte: O Globo )
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