Enquanto a população
venezuelana enfrenta a escassez generalizada de alimentos e remédios, a
petrolífera PDVSA compra US$ 440 milhões em petróleo, entre janeiro de 2017 e
maio do corrente ano, para enviá-lo, a preço subsidiado, a Cuba. Segundo relatório
da empresa, é a primeira vez que documentos mostram que o chavismo teve de importar o produto
para abastecer um aliado regional, em vez de fornecê-lo das próprias reservas.
O petróleo que a
PDVSA adquiriu para Cuba veio dos Urais, na Rússia, o que é variedade
apropriada para refinarias cubanas construídas com equipamentos da era
soviética.
A PDVSA comprou
petróleo bruto de firmas chinesas, russas e suiças. Tal aquisição não é mais
dos poços na Venezuela, porque o ente estatal funciona mal, desde Chávez
mal-atendido em termos de pessoal técnico - como se sabe, estupidamente Hugo
Chávez dera preferência a indicações políticas, o que levou ao descalabro atual.
Apesar das suas
grandes reservas de petróleo, a Venezuela chavista, pela falta e geral
incompetência na utilização dos equipamentos de retirada de petróleo, se afunda
cada vez mais no caos autoprovocado.
Que
a Venezuela chavista mantenha esse acordo, estabelecido pela munificência de
Chávez, grande admirador de Fidel, diz muito dos custosos ímpetos do Líder
chavista. Segundo a documentação, a
PDVSA pagou até US$ 12 por barril, mas
nada receberá em divisas, eis que segundo o acordo original, firmado quando
Chávez e o seu sucessor ainda não tinham malbaratado a Petróleos de Venezuela, a
transação é na verdade um escambo, com o petróleo sendo trocado por mercadorias
produzidas em Cuba.
Tais passadas generosidades do líder Hugo Chávez hoje pesam e muito nas
condições venezuelanas de víveres. Se
antes era um desperdício, hoje torna-se um peso cruel para a pobre gente
venezuelana, que não dispõe de víveres e remédios, enquanto esse velho acordo
pesa sempre mais. E como Cuba é julgada indispensável como aliada para a
Venezuela, o velho acordo que já nascera torto, porque dadivoso, hoje estrebucha,
ante as dificuldades sobrevindas à PDVSA, todas elas auto-criadas por Chávez e depois Maduro.
Outra indicação de que esse esquema
vai acabar de arruinar a Venezuela e/ou provocar um levante geral na população
pela impossibilidade criada. Nunca um regime como esse chavista demonstra, de
papel passado, a sua brutal incompetência econômica e, por conseguinte,
política, a qual se espelha no drama da produção de petróleo na Venezuela: sentada em cima do petróleo de melhor
qualidade mundial, a Venezuela chavista
não tem condições de produzi-lo, e isto porque, se o petróleo abunda, o que
falta é a capacidade técnica, a que se segue deterioração dos equipamentos para
valer-se desta imensa riqueza.
Por trás do sorriso imbecilóide de Nicolás Maduro, o que subsiste é o drama de não poder transformar aqueles imensos
depósitos em instrumentos que o habilitem a importar alimentos e remédios, para
a carente e faminta Venezuela.
Escarmentado pelo seu vizinho Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia
- que sendo o país mais próximo, é o que
mais recebe refugiados da Venezuela - cerca de um milhão (o Brasil, por
Roraima, é o segundo) - e para responder-lhe o ignorantão Maduro recorre a
ofensas e palavrões, que não cabem neste blog.
O que importa é esse escândalo político-humanitário do regime chavista. Quem sofre é o povo venezuelano, e a pergunta
que a incapacidade chavista (pois o problema do abastecimento vem desde Chávez),
mas a situação se tem deteriorado muito para a população, com a hiperinflação e
os seus decorrentes males, os quais, diante da inação do governo de Maduro, vem-se agravando e muito.
Num calabouço de presos - todos eles são chamados de
"bolivarianos" e o grande Libertador
das Américas espanholas decerto não merece
que o seu nome se ligue a pútridas masmorras, como as enxovias desse
regime - e está por um fio a geral revolta dos infelizes ali trancafiados.
O que nos transporta de certa forma é uma imagem para a situação
dantesca que esse regime de fancaria criou para um país que era rico, com belas
cidades e gente alegre.
Tenho para mim que a infernal crise venezuelana - criada por enorme,
amazônica incompetência, ligada com a
roubalheira e irresponsabilidade chavistas - está gritando para o mundo, como dizia Cícero para Catilina no Senado - até quando vamos aguentar-te? Será que entre tantos organismos
internacionais, não haverá um em condições de cuidar de população faminta e
doente, enquanto o seu líder diz
palavrões e recebe a adesão de Maradona?
E para quê, Povo de América Latina ? Reelegê-lo - fraudulentamente é lógico - será
acaso a triste confirmação de que a Justiça está foragida na antiga Terra do
Grande Bolívar?
E não é que ao cabo, dele mais se
falará do que no passado. Porque o chavismo nos mostra, o que muito se falou, mas existe na Venezuela: Maduro demonstra que caos não é só figura de
retórica! Ele aí está e o Povo de
Latino-America que dele tanto ouviu discursar, olha em torno e se dá conta de
que esse tão falado caos realmente existe!
( Fontes: Estado de S. Paulo, Marco Tulio Cícero,
Dante )
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