Declarações
da Chefe de Médicos Sem Fronteiras
Marie-Elisabeth
Ingres, chefe da M.S.F., perguntada sobre a parte mais difícil de lidar com uma
demanda tão grande, disse:
A
parte mais difícil é ver manifestantes sendo baleados por atiradores
israelenses com munição de verdade. É algo que não entendemos. As
pessoas que estão protestando em Gaza vão à cerca na fronteira para mostrar seu
desespero, que querem ter uma vida como eu e você. E na divisa encontram o uso desproporcional da força pelos
israelenses. É muito chocante.
Qual
é a situação das vítimas que chegam até vocês?
Ontem
(segunda feira, dia catorze) trabalhamos em três hospitais, e hoje (dia quinze)
vamos nos concentrar em dois. Contamos apenas com hospitais públicos, não contamos
com unidades privadas em Gaza.
Enfrentamos muita dificuldade durante meses para fornecer assistência
médica de qualidade. Não há uma
assistência justa em Gaza. Os funcionários, às vezes, não são pagos, ou são
muito mal pagos. Há falta de ítens descartáveis, equipamentos. Os médicos
precisam sair de suas especializações às vezes. Pode-se imaginar o que aconteceu
ontem (anteontem): claro que foi um desastre - não há capacidade de atender a
todos.
Estados
Unidos: Pressão por Investigação
No
Conselho de Segurança das Nações Unidas, após os Estados Unidos bloquearem
anteontem um pedido de investigação, o
embaixador do Coveite, Mansur al-Otaibi,
informou que apresentará hoje uma resolução para proteger civis palestinos.
Cinco
países-membros do Conselho (Reino Unido,França, Polônia,Suécia e Holanda) e
mais a Alemanha, Bélgica e Itália condenaram o uso de força excessiva por parte
do Exército de Israel, pediram a esse país "contenção" e "respeito
aos direitos humanos".
Com
efeito, desde o início dos protestos em Gaza, em 30 de março, cento e sete palestinos foram mortos e onze
mil ficaram feridos, dos quais 3.500
a tiros.
Nenhum
país nesta câmara agiria com mais moderação (sic) do que Israel.
Na verdade, o histórico de vários países sugere que seriam menos moderados
(afirmou a novel representante estadunidense, Nikki Haley). O Hamas tem incitado à violência durante
anos, muito antes de os Estados Unidos decidirem transferir sua embaixada. Não
se enganem, o Hamas está satisfeito com os resultados de ontem (anteontem)
Pelas declarações da
novel Representante, pode-se ter uma boa
ideia do nível desta nova embaixadora, que se adequa à capacidade
intelectual de outros representantes
indicados por Trump.
(
Fonte: O Globo )
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