O Globo de hoje tem
matéria importante, com "Sinal Verde para Delação" do empresário Léo inheiro. O ex-presidente da OAS,
preso em Curitiba desde setembro de 2016, por fim obteve o aval da
Procuradoria-Geral da República e está fechando os últimos detalhes de sua
proposta.
Havido o sinal verde da PGR Raquel
Dodge, os temas e as minúcias jurídicas do acordo estão sendo acertados com
a Lava-Jato em Curitiba. Por ora, a
delação inclui 60 anexos: 14 políticos do MDB, PSDB, PT, PP e DEM, propinas em
obras feitas pela empreiteira em onze estados brasileiros e operações ilícitas
em cinco países da América Latina, além de repasses de caixa dois para campanhas
eleitorais.
Dentre os delatados: está o
pré-candidato ao governo do Rio, o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), que terá recebido repasses via caixa-2 para a
campanha à prefeitura em 2012. Pinheiro também relata pagamento de propina ao
ex-secretário de Obras de Paes, Alexandre Pinto, preso desde janeiro, pela Lava-Jato no Rio, e a integrantes do
Tribunal de Contas do Estado (TCE). Segundo o executivo, tanto o ex-secretário
municipal, quanto integrantes do TCE cobravam um percentual sobre contratos de
obras, entre elas, o corredor de ônibus BRT-Transcarioca
e do programa Asfalto Liso, executado
por Odebrecht e OAS e que previa recuperação de 700 km de vias da cidade. Também foi citada a obra do governo
do Estado do teleférico do Morro da Providência, hoje parada. Nesse sentido,
Pinheiro frisa que todas as construções executadas pela OAS no Rio, estiveram vinculadas
a pagamentos de propinas ou Caixa 2
Desde que as denúncias da operação Lava-Jato no Rio vieram a público, Pinto
e os integrantes do TCE também tem negado relação com o recebimento de
propinas. No entanto, o ex-presidente do tribunal, Jonas Lopes de Carvalho tornou-se delator e confirmou os esquemas
dentro da corte relacionados às obras públicas no estado. Oito ex-funcionários
da empresa que trabalhavam no setor já assinaram acordos de delação com a PGR, que aguardam homologação do relator da Lava-Jato no Supremo, o ministro Edson Fachin. Esse grupo entregou documentos e registros da área
que mostram pagamentos de caixa-dois e propina de 2010 a novembro de 2014,
quando Pinheiro foi preso por primeira vez. Ele está detido, por segunda vez,desde
SET/2016, e já foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.
Os relatos e documentos dos delatores
da área da propina da empresa corroboraram a delação de Pinheiro. O escopo dos
assuntos que farão parte do acordo, porém, ainda não foi totalmente fechado. Um
dos temas que ainda está na mesa - mas que permanecem indecisos, são acusações
envolvendo ministros de Tribunais superiores.
Resta
como principal entrave para que Léo Pinheiro por fim assine o seu acordo foi a
tentativa de incluir os irmãos Cesar Mata
Pires Filho e Antônio Carlos Mata
Pires, acionistas majoritários da OAS, como delatores. A PGR e a força
tarefa, porém, não aceitaram, e as tratativas evoluíram apenas com Pinheiro.
Atualmente, o empreiteiro e sua família vivem de uma espécie de mesada paga
pelos irmãos Mata Pires que gira em
torno de R$ 500 mil mensais.
(
Fonte: O Globo )
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