Segundo o Datafolha, o apoio maciço da opinião
pública à paralisação dos caminhoneiros
evoca não só o alto grau de impopularidade do Governo federal.
Dessarte, o percentual dos que se
colocam favoráveis à greve alcança níveis ainda mais elevados do que a
reprovação a Michel Temer (MDB). Nesse
contexto, atinge índice equivalente à aprovação
das manifestações de junho de 2013 (81%).
Segundo a análise, um dado que ilustra
bem a posição dos brasileiros sobre a matéria, é a quase unanimidade dos
entrevistados (96%) alertar para a demora do presidente em atender às
reivindicações da categoria que, por sua capilaridade, mostrou-se essencial para
a dinâmica cotidiana do país.
Não é à toa que o movimento que começou com
suspeitas de natureza mercadológica e comercial, ao ser tratado como greve de
trabalhadores, acabe despertando, para surpresa inclusive de seus líderes,
bandeiras tanto à direita quanto à esquerda do espectro político.
Eram frequentes, nas concentrações nas
estradas, tantos os pedidos de "Fora Temer", mantra da esquerda desde
o impeachment de Dilma Rousseff (PT) quanto o apelo por intervenção militar no
país, fetiche da extrema direita.
Para ilustrar essas tendências, a
pesquisa Datafolha realizada em abril último mostra que os partidos políticos,
junto com o Congresso Nacional e a Presidência da República, são as
instituições de menor confiança junto aos brasileiros atualmente.
No topo do ranking, com 43% de
credibilidade estão as Forças Armadas, seguidas de longe pelo Ministério
Público, o Poder Judiciário e a Imprensa (21% cada). Em todos os estratos
socioeconômicos e demográficos, os favoráveis ao movimento ultrapassam os
75%. Mas nada garante, por motivos
óbvios, que, se a paralisação continuasse, a população manteria o apoio.
(
Fonte: Folha de S. Paulo )
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