Inicia-se a fase
conclusiva do processo pela CCJ. Há muita incerteza no campo do Presidente
Temer, mesmo depois da defesa feita pelo advogado Antônio Claudio Mariz de
Oliveira, todo ela construída em torno do ataque à denúncia do Procurador-Geral
Rodrigo Janot.
Diante da preocupação de que o Governo
terá dificuldades para alcançar maioria simples na Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ), e sem confiar no parecer a ser elaborado pelo deputado Sergio
Zveiter (PMDB-RJ), o que se afigura importante
seria impedir que Temer perca na
CCJ. Segundo especialistas, o que a CCJ recomendar, deverá, em princípio, ser
seguido pelo plenário da Câmara.
Perante essa alegada escrita - segundo
a qual a pressão pela condenação no plenário aumentaria diante do voto
favorável da CCJ - o que interessa, consoante essa interpretação, seria
empenhar-se para lograr reverter a tendência na CCJ, dentro do quadro que a
Comissão de Constituição e Justiça no panorama histórico tem prevalecido em
indicar a futura orientação do plenário da Câmara. Nesse sentido, o deputado
Rogério Rosso (PSD-DF) foi enfático: " A CCJ é uma referência para os deputados. O que for
decidido lá, se repetirá no plenário."
Diante de tais indicações, antes de sua viagem,
Temer e sua equipe intensificaram o corpo a corpo, eis que o Presidente
embarca hoje, seis de julho, para participar da reunião do G-20 na Alemanha.
Por isso, antes desse parêntese,
Temer e equipe intensificaram o chamado corpo a corpo. Por outro lado, ao final
do dia de ontem, 5 de julho, o presidente reuniu os Ministros para pedir que
eles trabalhem por uma agenda positiva do governo e mantenham a investida governamental no Congresso contra a denúncia. Não obstante, por enquanto, o cenário
não semelha favorável ao Governo Temer.
Por ora, segundo o Estadão, apenas seis
parlamentares governistas afirmam abertamente que vão votar contra o
prosseguimento do processo na CCJ. Por
outro lado, já seriam 17 deputados
favoráveis à reconhecer como admissível a denúncia.
Por sua vez, embora Zveiter procure
fazer mistério quanto à sua posição, existe forte impressão de que o relator da
denúncia contra o presidente no fim de contas embarque na canoa favorável à
admissibilidade da denúncia.
Por outro lado, o filho de Cesar
Maia, Rodrigo Maia (DEM - RJ), mal eleito para a presidência da Câmara a sete
de fevereiro último, já foi mordido pela mosca azul. Acredita ter boas perspectivas para assumir a
Presidência da República, uma vez que, na circunstância, seria o próximo
suceder a Michel Temer. Consoante a imprensa, há cerca de poucos dias
conscientizou-se dessa possibilidade, e passou a trabalhar em consequência,
afastando-se do grupo do Vice-Presidente Michel Temer.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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