Donald Trump deveria desconfiar de que
o seu esforço em aproximar os Estados Unidos da Rússia era trabalho ingrato e
inútil. Há também no Congresso profunda desconfiança contra Vladimir Putin.
A sua visível e afrontosa tentativa
de intervenção nas eleições estadunidenses do ano passado, feita em favor de
seu "amigo" Trump, constituía prato demasiado pesado para ser
engolido pelo Congresso americano.
A Câmara de Representantes, nesse
sentido, aprovou ontem projeto que cerceia o poder do Presidente estadunidense
de levantar sanções dos Estados Unidos contra a Rússia. Por 419 votos a três,
os deputados ampliaram as penalidades contra Moscou, determinando, outrossim,
que algumas dessas penalidades só poderão ser revogadas com a aprovação do
Congresso.
A Casa Branca se opõe à legislação,
sob o pretexto de que ela interferiria na capacidade do Presidente de conduzir
a política externa estadunidense.
Se Trump resolver meter a sua mão
nessa cumbuca, incorre em muito provável risco de fracassar. A questão é
delicada, pela postura habitual do Kremlin e de seu atual senhor, Vladimir
Putin. Se a amizade de Trump com Putin toca em cordas dissonantes para os
parlamentares (e o Povo) americano, causa estranheza o empenho da Casa Branca
em retirar as minas desse terreno, quando pesam sérias suspeitas acerca da
intervenção russa (leia-se a mando de Putin) nas últimas eleições, por meio de
hackers e de desinformação no intento de influir de seu favorito Trump.
A ficha de Moscou em termos de
política externa não é favorável e por muito boas razões. A Rússia de Putin já fora objeto de sanções
em 2014, pela sua invasão da Ucrânia, além da anexação da Criméia. Tudo isso foi maquinado por Putin, para
"castigar" os ucranianos de terem posto para correr o corrupto
presidente russófilo Viktor Yanukovich, em decorrência da revolta da Praça
Maidan,que se estendera por boa parte de 2013.
A Rússia foi objeto de várias
sanções dos Estados Unidos, de caráter seletivo, visando a amigos e cupinchas de Putin, assim como pela
descarada invasão da Crimeia, por um exército russo vestindo uniformes
descaracterizados, assim como pelo emprego de alegados "separatistas"
pró-Rússia, na parte oriental da Ucrânia. Essa invasão branca da Ucrânia causou
também uma desgraça aérea, com o alvejamento e queda de um avião de passageiros
que sobrevoava o território ucraniano. Mais tarde, se confirmou que o projetil
era de fabrico russo, tendo causado a morte de 280 passageiros e 15 tripulantes
do voo da Malaysian Airlines MH-17. Após
longa pesquisa, foi comprovado o megacídio do Kremlin através de míssil russo
trazido para a Ucrânia pelos
rebeldes apoiados por Moscou.
Até hoje estão em vigor
várias sanções internacionais contra a Federação Russa, pela sua agressão
contra a Ucrânia, e, em especial, pela anexação da Crimeia. Os visitantes dessa
península encontram várias dificuldades para visitá-la, inclusive em termos de
transporte aéreo.
(
Fontes: O Estado de S. Paulo e internet
)
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