segunda-feira, 10 de julho de 2017

Significado da reconquista de Mossul

                       

        A retomada de Mossul teve a presença do Primeiro-Ministro Iraquiano, Haider al-Abadi. Encerra-se esta batalha, que se iniciara em outubro último. Apesar das festividades, os combates ainda não cessaram de todo na cidade. Dada a ferrenha resistência dos fanáticos membros do E.I., a reconquista exigiu extenso bombardeio, que transformou boa parte da cidade velha em escombros.
        A campanha militar acarretou severa crise humanitária, com a fuga de mais de novecentos mil civis, dos quais setecentos mil continuam deslocados.

       Atendidas as características do Exército Islâmico,  a retomada de Mossul, por importante que seja, não significa que todo o Iraque esteja livre.  Assim, as cidades de Tal Afar (50km a oeste de Mossul) e Hawija (cerca de trezentos km ao norte de Bagdá),  como áreas desérticas na Província de Al-Anbar (oeste), e também a região de Al-Qaim, na fronteira com a Síria, permanecem sob domínio inimigo.

         Além disso, na Síria o grupo extremista ainda controla territórios no leste e centro daquele país, apesar de haver perdido terreno aí desde 2015. O próprio reduto de Raqqa (norte), que funciona como sua capital, está cercado pelas forças apoiadas pelos Estados Unidos.

        As Nações Unidas estimam que será necessário cerca de US$ 1 bilhão para reparar a infraestrutura  básica de Mossul.  Nas áreas em que os combates foram mais intensos, praticamente nenhum prédio escapou de sofrer sérios e pesados danos.



( Fonte:  O  Estado de S. Paulo ) 

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