O Partido Republicano no Senado,
constrangido pela incessante campanha de Trump contra a Lei do Tratamento
Custeável, deu mais um ignominioso passo contra o acesso do Povo americano ao
tratamento de saúde.
De
início, verificou-se empate, com cinquenta favoráveis à ab-rogação da lei, e
cinquenta pela sua manutenção. Além dos 48 democratas que votaram contra o
projeto, houve duas senadoras republicanas, Susan Collins,
do Maine, e Lisa Murkowski, do Alaska, que também votaram não.
Estabeleceu-se o impasse com os
cinquenta votos de senadores republicanos, inclusive John McCain que veio ao Congresso, apesar de diagnosticado com
câncer cerebral. McCain preferiu o esprit
de corps, defendendo o inaceitável projeto, movido pela vaidade do
presidente, que não trepidou em prejudicar milhões de pessoas por derrubar uma
grande lei, que tem favorecido milhões de pessoas. John McCain, a despeito de
defender esse projeto nascido da vaidade de Trump, e de dizer palavras duras sobre
a revogação, mostrou ao cabo mais espírito de fidelidade partidária do que empenho
para assegurar a manutenção de grande e exitosa lei.
De acordo com a praxe, coube ao
Vice-Presidente Mike Pence o voto que é prerrogativa do Vice, quando há o empate
dos contra e dos a favor, na sua qualidade de presidente do Senado.
Muitos senadores republicanos são
vaticinados a colher pela derrota nas urnas do povo americano o merecido
castigo por optar pelo orgulho de cerrar fileiras em projeto legislativo que
responde apenas à vaidade e à pequenez do Presidente Donald Trump. Nunca tanto
esforço foi gasto para derrubar uma tão grande lei, cujo único defeito foi o de
assegurar tratamento médico acessível para milhões de pessoas que de outra
maneira não lograriam tê-lo.
Duas corajosas mulheres votaram
contra o projeto de Trump. O Povo americano há de lembrar-se disso, mandando
para casa senadores como Ted Cruz, do Texas, Chuck Grassley, do Iowa, Marco
Rubio, da Flórida, além do inefável Mitch
McConnell, do Kentucky, desde muito líder da maioria, nessa longuíssima
sazão de domínio republicano no Senado, a ele que muito trabalhou pela triste e
ignóbil causa de fazer naufragar o ACA, cujo principal defeito não é tornar
acessível o tratamento médico para os americanos, sobretudo os mais pobres, mas
sim ter sido criado e votado por Congresso democrata, o que sobremodo desagrada
o atual chefe de Mitch, i.e. Donald J. Trump.
Se a tola e vazia vaidade de
Donald Trump colherá mais breve de o que pensa o amargo fruto de estúpido, mesquinho e obnóxio gesto, a sua
falta de inteligência e sobretudo empatia deverá ser determinante para castigo
memorável pelo Povo americano, nas próximas eleições.
( Fonte: The New York Times
)
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