O Presidente
Trump pode ser visto sob dois ângulos: (a) ser indicativo de abissal queda de
nível intelectual e ético, o que pode vir a ser interpretado como ulterior
mostra da fase de declínio do poder
americano no mundo; e (b) de seu tratamento do Procurador-Geral, Jeff Sessions, pelo qual subordina a avaliação
da qualidade do Ministro da Justiça a interesses pessoais dele próprio como presidente. Um
primeiro mandatário de um país subdesenvolvido ou de uma ditadura do Terceiro
Mundo, também teria essa visão de que os ministros existem para em primeiro
lugar servir aos próprios interesses enquanto chefe de estado.
Além de egoismo e egotismo, a
instrumentalização da presidência de parte de Trump - e essa visão deformada do
serviço público como exemplo para a população - mostra para o americano comum estranho
paradigma. Tal modelo subordina a presidência ao interesse próprio, no caso em que ele se apresente como
na subordinação ao Procurador-Geral do Conselheiro Especial encarregado pelo
Congresso de analisar a responsabilidade do Presidente na eventual interferência
russa, com vistas a favorecer a candidatura Trump, e a prejudicar a da
candidata democrata Hillary Clinton.
Aplicar esse gênero de
"princípio" à atuação da Presidência Trump seria admitir que o
interesse público não mais norteasse o exercício dos ministros, mas sim
pautá-lo pelo atendimento das supostas
conveniências pessoais do presidente, como sói acontecer em estados autoritários
do Terceiro Mundo.
Nesse contexto, como seria de esperar, a incrível guerrilha mediática realizada
pelo Presidente Trump contra o seu Secretário de Justiça, Jeff Sessions, tem sido
objeto de amplas, gerais e oportunas críticas da imprensa e dos meios de informação, tanto
os liberais, quanto os conservadores. Nesse sentido, o Chefe de Estado vir a misturar
interesse pessoal com o público é decerto prática muito comum, mas em geral restrita a governos
de Terceiro Mundo.
( Fonte: The New York Times )
Nenhum comentário:
Postar um comentário