quinta-feira, 27 de julho de 2017

A Baixaria de Trump

                              
         O Presidente Trump pode ser visto sob dois ângulos: (a) ser indicativo de abissal queda de nível intelectual e ético, o que pode vir a ser interpretado como ulterior mostra da fase de declínio do poder americano no mundo; e (b) de seu tratamento do Procurador-Geral,  Jeff Sessions, pelo qual subordina a avaliação da qualidade do Ministro da Justiça a interesses pessoais dele próprio como presidente. Um primeiro mandatário de um país subdesenvolvido ou de uma ditadura do Terceiro Mundo, também teria essa visão de que os ministros existem para em primeiro lugar servir aos próprios interesses enquanto chefe de estado.
          Além de egoismo e egotismo, a instrumentalização da presidência de parte de Trump - e essa visão deformada do serviço público como exemplo para a população - mostra para o americano comum estranho paradigma. Tal modelo subordina a presidência ao interesse próprio, no caso em que ele se apresente como na subordinação ao Procurador-Geral do Conselheiro Especial encarregado pelo Congresso de analisar a responsabilidade do Presidente na eventual interferência russa, com vistas a favorecer a candidatura Trump, e a prejudicar a da candidata democrata Hillary Clinton.   
           Aplicar esse gênero de "princípio" à atuação da Presidência Trump seria admitir que o interesse público não mais norteasse o exercício dos ministros, mas sim pautá-lo pelo atendimento  das supostas conveniências pessoais do presidente, como sói acontecer em estados autoritários do Terceiro Mundo. 
            Nesse contexto, como seria de esperar, a incrível guerrilha mediática realizada pelo Presidente Trump contra o seu Secretário de Justiça, Jeff Sessions, tem sido objeto de amplas, gerais e oportunas críticas da imprensa e dos meios de informação, tanto os liberais, quanto os conservadores. Nesse sentido, o Chefe de Estado vir a misturar interesse pessoal com o público é decerto prática muito comum, mas em geral restrita a governos de Terceiro Mundo.


( Fonte: The New York Times ) 

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