O Tirano é, obviamente,
Nicolás
Maduro, aquele que em tempos do
corrupto regime petista de Dilma Rousseff
era aqui bem recebido pelas instâncias oficiais, apesar da maneira com que
tratasse eventuais comissões do Congresso brasileiro.
Dando ulterior exemplo
de seu respeito à democracia, Nicolás
Maduro, afirmou em discurso televisivo - ele não tem mais condições de falar em
cerimônias públicas, ao ar livre - que os 33 magistrados designados pelo
Parlamento venezuelano para substituírem os juízes do Tribunal Supremo de
Justiça (TSJ) serão "presos um a um"[1]
e terão os bens e contas congelados.
Tenha-se presente que os atuais
'juízes' do TSJ são leguleios nomeados às carreiras por Maduro, quando da
vitória da Oposição nas eleições legislativas. A oposição com maioria na Assembléia
Legislativa foi denegado o direito de substituir os 'magistrados' que o poder
chavista trouxe ilegalmente para o TSJ, para transformá-lo em braço da
repressão, como de fato ocorreu.
Em seu discurso, pronunciado nesse
vácuo artificialista de alguém que não mais tem condições de enfrentar o
público verdadeiro e vibrante da Praça Pública - nesse ambiente de estufa é que
o tirano discursa. Por isso, ele ignora, solene e afrontosamente, a pressão
internacional para que desista da ilegal e afrontosa eleição no próximo
domingo, 30 de julho corrente, de uma Assembleia Constituinte de fancaria.
Assinale-se, por oportuno, que a
Procuradora-Geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz tentou impugnar, sem sucesso
as nomeações abusivas dos 33 "magistrados" que ora ocupam as cadeiras
desse Tribunal dito Supremo, pelas irregularidades que marcaram o seu processo
eletivo.
Maduro, sem querer dar atenção à
gritante contradição, enche a boca para declarar que "a direita imperial
(no caso os Estados Unidos) acredita que pode dar ordens para a Venezuela. Aqui
apenas o povo (sic) dá ordens. Exijo que a oposição tenha um pouquinho de honra
e respeite o direito do povo (sic) de votar livremente, sem violência."
Nesse sentido, o Tirano reiterou que o Governo e as Forças Armadas (meu o grifo) vão garantir a eleição dos 545 membros da Constituinte.
Como se trata, na
realidade, de Constituinte Lumpen, convocada de forma
inconstitucional, à revelia da Assembleia Legislativa e do Povo da Venezuela, e
formada sem qualquer respeito ao caráter de autêntica representatividade que
deva ter um órgão de tal natureza, ela
na verdade não passa de um artifício ilegal, que visa confundir
a soberania que seria devida a órgão de tal hierarquia se não
estivesse maculado com o autoritarismo tão abusivo, quanto antidemocrático de um órgão que, convocado por imposição
abusiva de um Tirano de fancaria, não tem qualquer legitimidade.
Diante desse intento tão estranho
ao sentir do Povo Venezuelano, que o Tirano intenta cinicamente
instrumentalizar, é de prever-se que tanto o processo de votação - um
monstrengo realizado às carreiras - o seu escopo, no caso, essa Constituinte de fancaria mereça
a forte e inequívoca rejeição do sofrido povo venezuelano, diante das tropelias
desse presumido ocupante da cadeira presidencial, de que já teria sido
escorraçado, se se houvesse submetido, como devera, às Forcas Caudinas da
confirmação popular, como prevê a Constituição vigente.
(Fonte:
O Estado de S. Paulo)
[1]
O notório Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (SEBIN) em operação
considerada como "terrorismo de estado" pela Assembleia Nacional,
deteve a Angel Zerpa, que está entre os magistrados designados pela legítima
Assembléia
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