A principal conquista da Administração
Obama resiste uma vez mais aos
ataques do Senado para enterrá-la da vez. De nada adiantaram os substitutivos
apresentados pela maioria republicana para mandar para o beleléu de vez a
detestada (pelo GOP) Obamacare.
Não bastava decerto jogá-la por
terra. Era preciso colocar no seu lugar legislação que sustentasse o grande
número de pessoas que dela dependem.
Há uma semana enfrentam-se dois blocos de
48 senadores. De um lado, a bancada democrata, toda ela fechada com a
preservação da Lei aprovada nos primórdios da primeira Administração Obama,
quando os democratas tinham a maioria nas duas câmaras.
Agora, eles são minoria no Senado
(48 x 52), e na Câmara, subjugada esta pelo gerrymander, a bancada de Nancy Pelosi também é minoria.
Quanto ao Senado, há três senadores
republicanos que votam a favor da manutenção do Obamacare, Lisa Murkowski,do
Alasca, e Susan Collins, do Maine,
que sendo moderadas e de acordo com as preferências de seus estados votam pela
Lei do Tratamento Custeável. Por sua
vez, o herói de guerra, John McCain
(tornado desafeto de Trump pelo modo grosseiro com que o candidato a Presidente
ofendera gratuitamente a McCain), hoje operado por câncer cerebral. Bastaram
esses três votos para levar à breca a nova tentativa de dar vida a um
substitutivo republicano para a Lei do
Tratamento Custeável.
E a famosa Lei de Obama (o ACA),
por ter sido bem feita, não pode ser derrubada como uma legislação
qualquer. Muitos republicanos temem por
seus votos, eis que se a derrubam sem um substitutivo que proteja os eleitores
que dependem do Obamacare, o resultado será muito negativo para os
republicanos que façam aprovar algum substitutivo inepto, com graves prejuízos
para aqueles que dependem, para o tratamento médico, do Obamacare.
Quem decretou a morte de mais esta
tentativa da bancada republicana de
enterrar a detestada (pelo GOP) Lei
do Seguro Médico Custeável (ACA) foi o próprio
John McCain, com o sinal romano do polegar para baixo.
Assim, a tentativa de Donald
Trump - sem outra base que a inveja pelo sucesso da Reforma da Saúde de Barack Obama, tornada possível e aprovada
por Congresso então de maioria democrata - mais uma vez naufragou. Cabe a pergunta: tentar derrubar uma lei
sanitária que ajuda a tantos americanos, só por que é democrata e funciona,
será motivo válido e honesto para dela desfazer-se, pela circunstância de que
nada mais persegue do que pôr abaixo a
grande Lei, cujo principal "defeito" é ser popular, apoiada
pelos democratas e pela massa de contribuintes que carecem de sua ajuda para o
tratamento médico?
Quando voltarão os tempos do
bi-partisanship, quando havia auto-respeito entre os dois partidos, e não se
perdia tempo com intentos que só prejudicam aqueles que dependem de uma boa e
eficaz lei da assistência médica? Será
mesmo necessário derrubá-la unicamente porque foi aprovada por Congresso de maioria
democrata e que ainda por cima serve à muita gente, que carece deveras de ter
acesso a indispensáveis tratamentos de saúde,e que de outra forma seriam
inatingíveis para o americano contribuinte de baixa renda ?
( Fonte: The New York Times )
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