quarta-feira, 5 de julho de 2017

Maduro, regime e Procuradora-Geral


                    
        O regime de Nicolás Maduro está podre.  Será possível à autoridade legal livrar a Venezuela de quem corrompe a sociedade e o país?      
         Não obstante, Maduro e seu regime pensam poder livrar-se  da Procuradora rebelde Luisa Ortega Díaz.  No seu pútrido contexto, o ditador pensa que a afastando de cena, valendo-se de acusações espúrias, ganhará condições de sobrevida.
         Aparentemente, a corajosa Procuradora-Geral não teria qualquer greta por onde prevalecer contra a ordem chavista, por corrupta e impopular que seja.          
        Terá sido, por conseguinte, equivocada a premissa da Procuradora-geral do combate ao atual chavismo institucional dentro da legalidade jurídica, enquanto podre, corrupto, assassino, e por isso detestado pela grande maioria da população venezuelana ,como se ainda prevalecessem as condições de relativa normalidade que assinalaram o governo de Hugo Chávez Frías ?
         Na verdade, defronte da quadrilha de Nicolás Maduro que se instalou no Palácio Miraflores  de muito pouco vale a utilização da legislação e dos  instrumentos de que a Procuradora-Geral normalmente se serviria  na sua eventual campanha para afastar a Nicolás Maduro e toda a coorte de que a sua presença no poder enseja a respectiva permanência.
          Em que condições a Lei e o Direito poderão prevalecer  diante da tais adversários? O atual direito internacional não prevê tal hipótese, se não for afastado o Império do Mal que garante a permanência de Nicolás Maduro como governante internacionalmente acreditado.  Pois a Procuradora-Geral por honesta que seja,e legalmente autorizada a exercer o respectivo poder, não teria condições materiais para tanto, dentro da geral corrupção e dos apoios ilegais e inconstitucionais de que se serve Nicolás Maduro, diante da impotência atual de intervenção legalmente autorizada por inexis-tente Corte Internacional.  
           Como poderá prevalecer contra um regime ilegal, iniquo, corrupto e formalmente contrário a qualquer governo que promova a lei, a justiça e a ordem, uma isolada Procuradora-Geral armada apenas pelo proprio direito,   que  não dispõe de outra arma do que a da Justiça e o munus do cargo respectivo ?



( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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