Em testemunho ao Juiz Marcelo Bretas,
da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro (que é o juiz da Lava-Jato no Rio) o
ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) voltou a negar vivamente ontem que recebesse
5% sobre os valores dos contratos fechados com construtoras.
"Nunca foi 5%, que 5% é esse? Que
maluquice é essa? Que 5% é esse? Há
colaborações, há apoios, reconheço", disse ele, em depoimento conduzido
pelo Juiz Bretas.
Outrossim, Cabral afirmou que foi
condenado à prisão em Curitiba pelo juiz Sérgio Moro partindo de uma
"denúncia mentirosa" da Andrade Gutierrez. Para o ex-governador, "tem
delator que distorce tudo".
Questionado sobre a prática de caixa
2 na arrecadação de campanhas, Cabral negou que tenha favorecido as empresas doadoras.
"Reconheço que é uma distorsão, que é um erro. Essas práticas políticas de caixa 2 foram disseminadas pelo
Brasil por todos os partidos."
O ex-governador disse desconhecer os
valores pagos por empresas citadas em depoimento por seu ex-assessor Ary
Ferreira da Costa Filho. Tal ex-assessor contou ter estado na sede do
supermercado Prezunic e da Cervejaria Itaipava para acompanhar o recolhimento
de pagamentos de caixa 2 em espécie, que somavam mais de R$ 5 milhões de cada
uma das empresas em cada uma das visitas.
Em nota, o Grupo Cencosud - que
detém a marca Prezunic desde 2012 - o Grupo Petrópolis - que detém a Cervejaria
Itaipava - negaram ter feito pagamentos irregulares a campanhas eleitorais do
PMDB.
Ontem, Cabral respondeu às
acusações pelo crime de lavagem de
dinheiro, resultado da Operação Mascate. O ex-governador deve prestar novo
depoimento amanhã, dia doze de julho.
(Fonte: O Estado de S. Paulo )
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