O último debate -
ontem, à noite, na Tevê Globo - mostrou plácido
Crivella, que não entrava em polêmicas, e um Freixo, polêmico, e lançando as
farpas que podia contra o adversário.
Sem que sequer se soubesse dos índices
respectivos, bastava deparar-lhes a atitude para dizer: Marcelo Crivella cuida de
preservar a respectiva vantagem, e Marcelo Freixo busca valer-se do
tempo final de uma longa refrega, para cobrir a desvantagem que as pesquisas
ora mostram contra ele.
Com efeito, se nos ativermos aos votos
válidos, Crivella teria 58% e Freixo 42%. Nessas condições, o front-runner, depois de todas as
baixarias e ataques abaixo da cintura,
faz o papel do respeitoso contendor.
Por sua vez, como nesse round final o candidato das esquerdas continua
inferiorizado, como poderá ele imitar o adversário e fazer-se de bonzinho?
Levado pela crueza dos números, Freixo,
como o lutador de boxe que não descansa até ouvir o gongo final, vai desfiando
os seus golpes mais pesados, na esperança de - ou que o outro reaja, ou que o
adversário pareça sentir o murro.
Que o leitor me perdoe a símile
pugilística, mas outra não está disponível, dado o clima que prevaleceu durante
toda a refrega entre Crivella e Freixo.
Por enquanto, o que se pode dizer -
mudando um tanto em termos de comparação - é que, na reta final, Crivella livre
um corpo, talvez um pouco de mais de vantagem.
Se forem para o photochart, põe surpresa nisso !
( Fonte: O Globo )
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