Não sei se foi a
sorte ou se outros fatores cooperaram, mas apesar dos negros vaticínios vindos
sobretudo da mídia paulista, o Rio de Janeiro pôde superar o desafio das Olimpíadas com muito poucas ocorrências
policiais. A mais grave foi a morte de soldado brasileiro que viera ao Rio com
a Força Nacional, para proteger os turistas.
A que teve maior repercussão foi encenação
de nadadores americanos, com o mais famoso deles, Ryan Lochte, espalhando a
mentira de que ele e mais dois outros companheiros haviam sido roubados em loja
de conveniência de posto de gasolina.Essa lorota mau-caráter saiu mal para
todos eles, sobretudo para Lochte que perdeu o que ganhava em termos de direitos
de publicidade de grandes empresas americanas.
Se a segurança não foi completa -
devido a erro de motorista oficial que adentrou um núcleo de traficantes,
próximo à via Vermelha - o que resultou na morte do pobre soldado, o período
olímpico não foi o horror que parte da imprensa vaticinara.
No entanto, a situação no Rio de
Janeiro continua séria. Áreas que se acreditava liberadas, ou pelo menos
pacificadas, como aquela vizinha à rua Sá Ferreira, e à ladeira Saint-Roman,
com as favelas dos morros do Pavão-Pavãozinho, e aquela do Cantagalo, novamente
padeceram sob tiroteios. Tal se deveu ao ataque de traficantes contra as UPPs do Pavão-Pavãozinho e do Cantagalo.
Três pessoas morreram e cinco ficaram feridas, entre estas últimas o comandante
da UPP do Pavão-Pavãozinho.
Como se verifica, portanto, a
atividade da bandidagem tem aumentado e o sério problema de verbas enfrentado
pelo Governo do Estado e a Secretaria de Segurança só tende a deixar a
sociedade civil compreensivelmente mais preocupada.
E agora, como é que fica quando
Mariano Beltrame - que é o Secretário-chefe de Segurança que mais tempo esteve
no cargo, e que pela sua seriedade e empenho transmite imagem de respeito,
nessa tarefa nada invejável, agravada ultimamente pela falta de verbas - ora comunica
ao Governador Pezão e ao Vice Francisco Dornelles, que esta é a sua última
semana na Secretaria?
( Fonte: O Globo )
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