sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Lula e a Lava-Jato

                                            

           A pedido do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, foi feito pelo Ministro Teori Zavascki, do Supremo,o fatiamento  em quatro do inquérito magno  da Operação Lava-Jato. Conforme o PGR, o fatiamento do principal inquérito é necessário para otimizar o esforço investigativo. Janot explicou que os fatos investigados são conexos entre os integrantes dos partidos.
           Tal fatiamento, aludido em nota ontem pelo blog, dividiu em quatro o principal inquérito da operação Lava-Jato em tramitação na Corte Suprema. Foram incluídos nesses quatro inquéritos fatiados o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-Presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recentemente cassado pela Câmara.
            Qual o escopo principal desses quatro inquéritos?  Investigar a existência de uma quadrilha para fraudar a maior empresa brasileira, a Petróleo Brasileiro S.A. Para o Procurador-Geral, o fatiamento desse principal inquérito se torna necessário para "a otimização do esforço investigativo". Conforme esclareceu Rodrigo Janot, os fatos investigados são conexos entre os integrantes dos partidos. Em todo, serão investigadas 66 pessoas. O primeiro dos inquéritos passou a incluir Lula (a pedido do PGR, mas só autorizado ontem pelo Ministro Teori Zavascki).
              Nesse contexto, já estavam sendo investigados no grande inquérito o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL); os senadores Edison Lobão (PMDB-MA) e  Romero Jucá (PMDB-RR); o ex-Presidente da Câmara Waldir Maranhão (PP-MA); o Presidente do PP, Senador Ciro Nogueira (PI); e os ex-Ministros Edinho Silva, Ricardo Berzoini, Jaques Wagner, Antonio Palocci e Erenice Guerra (todos do PT), e Henrique Eduardo Alves (PMDB).
              Ao todo, são trinta investigados, ligados ao PP; doze  ligados ao PT; nove, ao PMDB do Senado: e quinze ao PMDB da Câmara.
              Para justificar o fatiamento do inquérito. o PGR Rodrigo Janot escreveu que os partidos  formaram "uma mesma organização criminosa, com alinhamento, de forma horizontal, de núcleos políticos diversos" para cometer crimes  contra a Administração Pública.
                   Além dos vínculos horizontais, acima citados, se coloca "outra em uma estrutura verticalizada e hierarquizada, com centros estratégicos de comando, controle e de tomadas de decisões mais relevantes,"  segundo a avaliação do PGR.
                    Por outro lado, segundo explica Rodrigo Janot, os integrantes do PMDB na Câmara dos Deputados "atuavam diretamente na indicação política de pessoas para postos importantes da Petrobrás e da Caixa Econômica Federal. Além disso, eram responsáveis pela "venda" de requerimentos e emendas parlamentares para beneficiar. ao menos, empreiteiras e banqueiros."
                   
                       Instrumentalização da Petrobrás.            
                             
                       Conforme assevera o Procurador-Geral-da-República, integrantes dos três partidos (PT, PMDB e PP) "utilizando indevidamente sua sigla partidária", dividiram entre si a indicação das diretorias de Abastecimento, Serviços e Internacional da Petrobrás.  "Como visto, a indicação de determinadas pessoas para importantes postos-chave do ente público, por membros dos partidos, era essencial para a implementação e manutenção do projeto criminoso."
                       O Procurador-Geral esclareceu que o fatiamento do principal inquérito é necessário para a "otimização do esforço investigativo". Nesse contexto, Rodrigo Janot esclareceu serem os fatos investigados conexos entre os integrantes dos partidos.


( Fonte:  O  Globo ) 

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