A pedido do
Procurador-Geral da República, Rodrigo
Janot, foi feito pelo Ministro Teori
Zavascki, do Supremo,o fatiamento em
quatro do inquérito magno da Operação Lava-Jato. Conforme o
PGR, o fatiamento do principal inquérito é necessário para otimizar o esforço
investigativo. Janot explicou que os fatos investigados são conexos entre os
integrantes dos partidos.
Tal fatiamento, aludido em nota
ontem pelo blog, dividiu em quatro o
principal inquérito da operação Lava-Jato
em tramitação na Corte Suprema. Foram incluídos nesses quatro inquéritos
fatiados o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e o
ex-Presidente da Câmara dos Deputados Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), recentemente cassado pela Câmara.
Qual o escopo principal desses quatro
inquéritos? Investigar a existência de
uma quadrilha para fraudar a maior empresa brasileira, a Petróleo Brasileiro S.A. Para o Procurador-Geral, o fatiamento
desse principal inquérito se torna necessário para "a otimização do
esforço investigativo". Conforme esclareceu Rodrigo Janot, os fatos
investigados são conexos entre os integrantes dos partidos. Em todo, serão
investigadas 66 pessoas. O primeiro dos
inquéritos passou a incluir Lula (a pedido do PGR, mas só autorizado ontem
pelo Ministro Teori Zavascki).
Nesse contexto, já estavam sendo
investigados no grande inquérito o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL); os senadores Edison Lobão (PMDB-MA) e Romero Jucá (PMDB-RR); o ex-Presidente da
Câmara Waldir Maranhão (PP-MA); o Presidente do PP, Senador Ciro Nogueira (PI);
e os ex-Ministros Edinho Silva, Ricardo Berzoini, Jaques Wagner, Antonio
Palocci e Erenice Guerra (todos do PT), e Henrique Eduardo Alves (PMDB).
Ao todo, são trinta investigados,
ligados ao PP; doze ligados ao PT; nove,
ao PMDB do Senado: e quinze ao PMDB da Câmara.
Para justificar o fatiamento do
inquérito. o PGR Rodrigo Janot escreveu que os partidos formaram "uma mesma organização
criminosa, com alinhamento, de forma horizontal, de núcleos políticos
diversos" para cometer crimes
contra a Administração Pública.
Além dos vínculos
horizontais, acima citados, se coloca "outra em uma estrutura
verticalizada e hierarquizada, com centros estratégicos de comando, controle e
de tomadas de decisões mais relevantes,"
segundo a avaliação do PGR.
Por outro lado, segundo
explica Rodrigo Janot, os integrantes do PMDB na Câmara dos Deputados
"atuavam diretamente na indicação política de pessoas para postos
importantes da Petrobrás e da Caixa Econômica Federal. Além disso, eram
responsáveis pela "venda" de requerimentos e emendas parlamentares
para beneficiar. ao menos, empreiteiras e banqueiros."
Instrumentalização da Petrobrás.
Conforme assevera o
Procurador-Geral-da-República, integrantes dos três partidos (PT, PMDB e PP)
"utilizando indevidamente sua sigla partidária", dividiram entre si a
indicação das diretorias de Abastecimento, Serviços e Internacional da
Petrobrás. "Como visto, a indicação
de determinadas pessoas para importantes postos-chave do ente público, por
membros dos partidos, era essencial para a implementação e manutenção do
projeto criminoso."
O Procurador-Geral
esclareceu que o fatiamento do principal inquérito é necessário para a
"otimização do esforço investigativo". Nesse contexto, Rodrigo Janot
esclareceu serem os fatos investigados conexos entre os integrantes dos
partidos.
( Fonte: O Globo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário