quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Renan e a Justiça

          

       O Ministro Edson Fachin, o benjamin do Supremo, liberou para julgamento em plenário a denúncia que a PGR fez contra o Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), por falsidade ideológica, uso de documento falso e peculato.  O inquérito, que está sob sigilo, apura se a empreiteira Mendes Júnior pagou pensão alimentícia à jornalista Mônica Veloso, com que o Senador tem uma filha.
       Ainda não há data marcada para o julgamento. Como a Ministra Carmen Lúcia, Presidente do STF, já decidiu a pauta até o fim do mês, é pouco provável que ocorra neste mês de outubro.
        Semelha muito provável que o plenário acolha a denúncia. O plenário, se acolher a denúncia, Renan será transformado em réu. 
         Assinale-se  que o Presidente do Senado responde a outros dez inquéritos no Supremo, dos quais sete são da Lava-Jato.
          Os processos contra Renan correm bastante lentos. O caso que será em breve julgado em plenário veio à tona em 2007, provocando, na época, a renúncia de Renan  à presidência do Senado.  As investigações realizadas até o presente revelam que o parlamentar  não tinha dinheiro suficiente para pagar a pensão que Monica Veloso recebia (ela era uma senhora pensão, eis que monta a R$ 16,5 mil).
            Renan mostra a respeito a usual segurança. Vejam o que diz: "Nunca participei em esquema nenhum, em órgão nenhum, não há um centavo a mais nas minhas contas. Ao final e ao cabo a verdade vai preponderar e vai acontecer como no primeiro inquérito, em que fomos absolvidos por falta de provas. Seremos absolvidos também nos outros inquéritos por falta de provas" - falou e disse Renan Calheiros.
             Dados os resultados  no passado, toda cautela é pouca em emitir prognósticos de como isso vá terminar.


(Fonte:  O  Globo )

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