Há grande nervosismo nas fileiras
republicanas, diante dos escândalos sucessivos que golpeiam - e aparentemente enfraquecem
- a candidatura de Donald Trump. Os melhores republicanos - como o Senador John
McCain, ex-candidato a presidente em 2008 - não mais se sentem em condições de
apoiar o nominee do Partido, Donald
Trump.
Não é necessária muita informação sobre
tal candidato, para que o eleitor não se sinta em dúvidas quanto a
proporcionar-lhe o apoio nas urnas. Os
escândalos se sucedem e cada um mais vulgar e comprometedor do que o precedente.
Basta acompanhar os debates - e já
houve dois - e se ameaça com mais um. Neste último, o candidato republicano
montou em St. Louis um circo colateral à discussão, para tentar contrabalançar
com as velhas acusações ao ensejo da reeleição de Bill Clinton, as vulgares
fitas relativas à opinião de Trump sobre as mulheres.
Trump não respeita nenhuma regra - nem
mesmo as prescrições nos dois debates até hoje - e ele pensa levar vantagem com
isto. Nesses encontros de que há regras por ele desrespeitadas a cada passo, Donald Trump é presença sobrepairante, sempre olhando por
sobre as costas da candidata democrata, ou então fazendo comentários
depreciativos acerca da adversária. Não
é à toa que através dessa atitude ele tente consolidar uma corrosiva falta de respeito, em
que tenta levar o nível das relações entre os dois candidatos à mais baixa
esfera, que deve ser aquela de seu gosto.
Nunca houve tantas defecções no
Partido Republicano, como agora. E se querem, por um excesso de dúvida,
determinar a embaraçosa e inarredável razão para tal, vamos encontrá-la no
comportamento de Donald Trump. Há um
limite para a vulgaridade e o desrespeito às regras e ao fair play. Não será por agressivo cinismo, pelo menosprezo mais
comezinho das regras do comportamento e do fair
play, que o candidato do GOP logrará
chegar à conquista da presidência americana.
Trump está condenado por uma série de
fatores, cada um mais comprometedor do que o anterior. Até o evangelho está aí
a advertir-nos com a frase de Jesus: Dize-me
com quem andas e eu te direi quem és.
Há admissão mais
pesada e constrangedora do que a sua admiração pelo autócrata russo, Vladimir V. Putin? Este já deixara chamuscado George
W. Bush, quando este último tentara enfrentá-lo
na área que o Kremlin denomina como o
'estrangeiro próximo', chegando inclusive o Parlamento russo a legislar nessa
matéria?[1]
Estarei chovendo no molhado ao
declarar que Trump demonstra ter parco conhecimento das realidades da política
externa. Se o tivesse, outra seria a sua atitude no que concerne a gospodin
Vladimir Putin. Não é pessoa de comércio fácil, como o próprio Barack Obama
terá aprendido às próprias expensas.
Se a personalidade
do candidato republicano for bastante para ocasionar o temido desastre nas
fileiras do GOP, como desde muito teme a direção republicana, como dizem os
franceses a quelque chose malheur est bon .[2]
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