Mesmo depois do primeiro debate
oficial, e a despeito da nítida vitória de Hillary
Clinton sobre Donald Trump,
ainda há muitas dúvidas sobre as perspectivas.
As duas
principais constatações são: a vantagem no debate deixou a candidata democrata
em vantagem nas pesquisas nacionais, e na maior parte dos estados em ainda está
em dúvida, a vitória de um ou do outro candidato. Não obstante, a diferença em favor de Hillary chegou a quatro
ou cinco pontos percentuais.
A 'vitória' no
primeiro debate também favoreceu Hillary em outro aspecto crucial, i.e. ao diminuir
a diferença a seu favor entre votantes registrados e votantes prováveis, que aparecera
maior nas pesquisas de setembro.
No entanto, a
principal fraqueza de Hillary persiste, no que concerne aos votantes brancos da
classe operária.
A
candidata democrata tem evidenciado mais
força nas pesquisas da Fox News, CNN/ORC e CBS/News, tanto nos votantes
registrados, quanto nos votantes prováveis.
Hillary passou a ter vantagem de três a cinco pontos, enquanto a diferença
entre registrados e prováveis votantes desapareceu.
Trump tem
vantagem de 56 a 28, no grupo de votantes brancos sem título universitário, nas
três pesquisas nacionais. Ele decaíu um pouco em relação à margem das pesquisas
de setembro (58 a 29). Segundo assinala o comentário do New York Times essa vantagem de Trump nos votantes da classe de
trabalhadores não é suficiente para
dar-lhe a liderança seja nacionalmente,
senão no Sun-Belt (cinturão do
Sol) , e até mesmo nos estados brancos do Norte. Mas tal vantagem o ajuda a
tornar a disputa mais apertada.
O perigo para
Trump é que ele não pode fazer nada para resolver o seu problema na Flórida ou
na Carolina do Norte. Se for grande o
afluxo às urnas por parte dos democratas (como insinuam as pesquisas
pós-debate), não há nada que ele possa fazer
para contra-arrestar essa
vantagem com o recurso a votantes da classe trabalhadora branca.
Mas se ele
conseguir evitar que a Sra. Clinton o mande a nocaute na Carolina do Norte ou
na Flórida, a sua força dentre os votantes brancos de classe operária lhe dá
uma chance de derrotá-la.
Para conseguir
este objetivo no Colégio Eleitoral, ele precisaria vencer em Ohio, Iowa, e o Segundo Distrito Congressual do Maine
(aonde ele está em vantagem), e então ganhar mais nove votos eleitorais para
alcançar 269, que é o número constitucional necessário para levar a
disputa para a Câmara de Deputados, em que pelas razões assaz conhecidas, a
bancada republicana detém a maioria.
Ou então,
como sugere o comentário do New York Times, ou pela vitória em
Nevada e New Hampshire, ou então ganhando na Pennsylvania, ou em estados ainda mais difíceis, como são o Wisconsin ou
Michigan.
Apesar de
tantos prognósticos que parecem chulear
por Donald Trump, não há negar
que não será fácil, pois a Senhora Clinton tem
clara vantagem em tais estados que seriam indispensáveis para um triunfo
do republicano.
De toda
forma, com os dados disponíveis, o modelo Upshot
ainda dá um percentual de 21% na possibilidade do candidato do GOP virar presidente.
( Fonte: The New York Times )
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