quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Mosaico II

                                       

Crise da Previdência

           A atual crise nas finanças do Rio de Janeiro não seria fenômeno de um só poder. No entendimento dos governadores, a reforma da Previdência não deverá incluir apenas o Executivo dos Estados, mas também outros poderes, efetivos ou virtuais, como Judiciário, Legislativo, Ministério Público, Tribunal de Contas e Defensoria Pública.

          Ao ver  de especialistas, sem isso, o Orçamento dos Estados continuará engessado.  No Rio, esses outros órgãos  respondem por 16% dos gastos com inativos e pensionistas. E o déficit com o pagamento de aposentados do TJ do Rio cresceu 80% desde 2012.


Crivella e Freixo: troca de agressões verbais


        Crivella, diante das acusações requentadas de que foi objeto, buscou justificar-se. No seu livro, ele afirma que outras religiões são "diabólicas", e classifica a homossexualidade de "terrível mal".
       O candidato do PSOL, Marcelo Freixo aproveitou a réplica para reafirmar que é contra atos de violência: "O que você escreve não é o que você fala, e o que você fala não é o que você pensa. É grave. Sempre fui contra qualquer forma de violência. Não existe vínculo meu com black bloc ou forma de violência. Seu grupo prega a violência. Não foi na África que vocês chutaram a imagem da padroeira (Nossa Senhora Aparecida). Foi aqui. Vocês produzem ódio o tempo inteiro.  Nunca defendi qualquer forma de violência, nem na minha fé e nem na minha fala."
       Marcelo Freixo tem o apoio dos maiores nomes de direitos humanos no Rio de Janeiro. Enquanto no passado, o seu apoio tinha sido condicionado e com muitas restrições, esses grandes nomes agora não poupam elogios ao candidato do PSOL pela sua coragem, linearidade e coerência na defesa dos direitos humanos   
 
Drama Venezuelano


         O  Governo de Nicolás Maduro, de longe o maior responsável pela crise econômico-financeira que assola o país, trata de preservar o respectivo poder através de manobras partidistas.

          A última desfaçatez com o sofrido Povo da Venezuela está na determinação do Tribunal Superior de Justiça de  que o referendo revocatório  do mandato de Maduro deva incluir 20% de firmas favoráveis em cada Estado  do país, e não mais em nível nacional.

          Como a justiça é sectária na Venezuela chavista, pode entender-se - mas não aprovar  que , na hora do aperto, venha a perpetrar,  em termos de cínica linha de passes,  tal poder judiciário - nas mãos como sempre de chavistas -  em apoio ao desmoralizado Executivo de Maduro.

          As regras vão sendo mudadas sempre que as condições já se afiguram cada vez mais apontando para o geral repúdio do poder chavista, e da pessoa de Nicolás Maduro, que apesar do nome, usa de todo o artifício para permanecer no mando, mesmo que em flagrante contradição não só com a vontade, mas também com o interesse da Nação.

           Não há de faltar muito para que todo esse domínio - hoje destituído do indispensável apoio popular - venha a aluir-se, de forma geral e completa, tão grande quanto é o seu afastamento do sentir da Nação venezuelana.


( Fontes:  O Globo, Folha de S. Paulo  )

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