A manchete da Folha esclarece de que sombras se trata:
"PF prende chefe da polícia do Senado e mais três agentes"
Renan Calheiros, apesar do número de
inquéritos sobre ele no Supremo, continua a desempenhar um papel pró-ativo em
relação à política, tanto a grande quanto a pequena.
Nesse contexto, continua a circular
um projeto legislativo que se propõe coibir alegados abusos de autoridade. Entre
os seus fautores, estão o Senador Romero Jucá (que teve de renunciar ao
ministério do Planejamento, por problemas na Justiça e o próprio Renan
Calheiros, presidente do Senado).
Esse estranho projeto já colheu a
manifestação negativa do Juiz Sérgio Moro. De qualquer forma, a tentativa do
Senador Renan, que conta, entre outros, com
o apoio do também Senador Romero Jucá, mostra mais do que a disposição,
a audácia de um grupo que deseja barrar o caminho da Lava-Jato.
Apesar dos baldes de água fria de
quem vem sendo objeto, tal projeto continua a ser apresentado pelo núcleo que coalesce em torno do Presidente do
Senado, movido pelo escopo de fazer frente ao projeto da Lava-Jato. Em termos de audácia, já se viram projetos menores.
Mas a coisa não pára por aí. A Polícia Federal prendeu ontem o diretor da polícia do
Senado, Pedro Ricardo Carvalho, e mais
outros três policiais legislativos sob suspeita de tentarem interferir nas investigações da Operação
Lava-Jato.
Segundo a PF, o grupo fez
varreduras, contrariando as normas internas, para detecção de conversas telefônicas em endereços de
Brasília (Sen. Fernando Collor), Curitiba (Sen. Gleisi Hoffmann) e São Luís (ex-Sen. José Sarney).
A Polícia Federal suspeita que Pedro Carvalho, próximo a Renan Calheiros, e
mais três policiais do Senado teriam atuado
com o escopo de interferir nas investigações da Lava-Jato. Nesse contexto, o Presidente do Senado divulgou nota em
que afirma atuarem os policiais legislativos dentro da lei. Nesse sentido, sem
mencionar a Polícia Federal, Renan defendeu a "independência dos
poderes".
( Fonte: Folha de S. Paulo )
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