Laudo da Polícia Federal, na Operação
Lava-Jato, revela que o escritório do advogado Marcos Meira, filho do
ex-Ministro do STJ José de Castro Meira recebeu no mínimo R$ 11,2 milhões da
Odebrecht, de 2008 a 2014.
A cinco de agosto de 2010, o então
ministro Meira relatou um processo em que considerou prescrita uma dívida de R$
500 milhões, cobrados pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional da Braskem, o
braço petroquímico da Odebrecht.
Já no dia dezesseis de novembro, o
mesmo ministro Meira ainda relatou e rejeitou um recurso da Fazenda Nacional
contra a decisão.
Contudo, os documentos da PF mostram
que a Odebrecht mantinha então relações
financeiras com o filho do aludido
magistrado.
Em doze de novembro de 2010, quatro
dias antes de o recurso ser rejeitado pelo ministro Castro Meira, uma das
empresas do seu filho Marcos Meira recebeu R$ 1,4 milhão da empreiteira.
De acordo com texto distribuído na época pelo STJ "Meira, relator do
caso, entendeu que o prazo para ajuizar a execução fiscal contra a empresa
teria expirado em 2001. O processo envolve uma multa aplicada contra a Copesul, controlada hoje pela
Braskem."
No entanto, segundo laudo da PF na
operação Lava-Jato, a Odebrecht fez pagamentos a duas firmas do advogado Marcos
Meira. A construtora pagou pelo menos R$1,1 milhão em 2008, R$ 407 mil em 2009,
R$3,1 milhões em 2010, R$ 5,1 milhões em 2012,
R$ 231 mil em 2013 e R$ 876 mil em 2014.
(Fonte: Folha de S. Paulo)
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