O último debate teve
uma surpresa. Nos dois anteriores, a democrata fora considerada pelo público e
a mídia como a vencedora. Já no último... também! Com a diferença de que Hillary
aprendera com o seu rival, e mutatis
mutandis, aplicara a Donald Trump a tática por ele
empregada, tomando a iniciativa da refrega ao próprio adversário.
Em todo o debate, Trump pareceu outra
pessoa. Não mais pareceu agressivo, como antes.
Perdeu várias chances de responder a
provocações da Sra. Clinton, que dominaria o encontro desde o começo, enquanto
o alfinetava por repetidas vezes, e dele zombava.
Desde o início do debate, a sra.
Clinton o dominaria. Quando ela o apodou de 'boneco' de Vladimir Putin, a
resposta dele seria chocha: "Não sou boneco dele. Você é que é a
boneca..."
O suposto vitimismo de Donald Trump
voltou à tona. Provocado por Hillary, lembrando que desde algum tempo o show dele de tevê não recebia o troféu Emmy, como se a concessão de prêmios lhe fosse negada - assim como
ora se queixa a respeito da eleição, Trump caíu na armadilha, ao dizer com
amargura: eu deveria ter ganho.
E o último debate terminaria do modo
como começara. Com a iniciativa de Hillary, a alfinetar sempre o contendor.
Na linha de que ele encontraria modo de
escapar de pagar o que devia à Segurança Social, a Sra. Clinton disse: "Meu
pagamento da contribuição à Segurança Social deve subir, assim como o de Donald
- se nós presumirmos que ele não encontre maneira de sair disso..."
"Que mulher horrível...",
disse ele, acusando o golpe uma vez mais.
( Fonte: The New York
Times )
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