Como se deveria
contextualizar a visita do Presidente Bolsonaro a Israel? O intento do apoio a Benjamin
Netanyahu será bem-sucedido? Para tanto, se faz necessário que Netanyahu
corresponda às expectativas, mas também que não se perca o foco no peso da
comunidade árabe.
O temor de uma reação da comunidade
árabe poderia ser afastado se Bolsonaro anunciasse apenas a instalação de um
escritório de negócios em Jerusalém, ao invés da mudança da missão brasileira, como
havia sido prometido?
O apoio ao Brasil não se traduz
apenas na compra de frangos pela Arábia Saudita.
Esse apoio é contrapartida a votos
determinantes, que assinalaram as delegações brasileiras nas Nações Unidas
através de décadas. Não deve ser embaralhado com posturas circunstanciais,
adotadas segundo a leitura dos ventos. A posição da diplomacia brasileira até o
presente nada tem a ver com eventuais mudanças oportunistas, dadas a um
candidato sobre que pesam acusações sérias.
A força de nossa diplomacia está consubstanciada, dessarte, não em posições ocasionais,
ditadas pelo momento, mas no próprio conteúdo temático e na consequente coerência.
Não é questão para mercadejar em
posições oportunistas que pouco têm a ver com apoios de última hora. A força da
posição do Brasil está ditada por atender à Justiça e à Equidade, que não se
afiguram qualidades que possar ser negociadas segundo a estação.
(Fontes:
O Estado de S. Paulo; Folha de S. Paulo )
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