Diante
da 'manifesta deterioração' da situação no país, o Secretário de Estado Mike
Pompeo ordenou a retirada da última equipe de diplomatas da embaixada americana em Caracas.
Nesse sentido, aduziu o Departamento de Estado: "Assim como a decisão de 24 de janeiro de retirar todos os
servidores e reduzir o staff da embaixada ao mínimo, essa decisão reflete a
situação deteriorada que se verifica na Venezuela, além da conclusão de que a
presença de equipe diplomática dos EUA na embaixada se tornou um obstáculo na
política americana."
Como se terá presente, a decisão de janeiro foi tomada no dia seguinte a
que o governo de Nicolás Maduro ordenasse a expulsão de todos os funcionários
diplomáticos dos EUA na Venezuela, após o reconhecimento, de parte do
presidente Donald Trump, do líder da oposição Juan Guaidó como presidente
interino do país. Os Estados Unidos, porém, responderam que não retirariam seu
pessoal totalmente por não reconhecerem a autoridade de Maduro, a quem se
referiu como "ex-presidente".
De
acordo com os procedimentos do Departamento de Estado, quando o governo decide retirar toda sua
equipe diplomática de determinado país,
documentos secretos e equipamentos especiais são destruídos ou. em
alguns casos, levados para outras localidades. A bandeira também é removida
da missão.
Sem embargo, no caso venezuelano, o Departamento de Estado ainda não
esclareceu o que será feito com os documentos armazenados na chancelaria, e
também não informou como será o procedimento de retirada de seus representantes.
Existe a possibilidade de os EUA encarregarem uma de suas representações
diplomáticas em um país próximo para lidar com as questões venezuelanas. É o
que ocorre no Butão, que não tem relações com Washington. A assistência consular aos cidadãos americanos é feita pela missão dos Estados
Unidos em Nova Delhi, na Índia.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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