Segundo
o hoje meio esquecido Ingenieros os medíocres podem ter valor. Com o respeito
que se deve a esse mestre, a despeito de debater-se nos sinuosos abraços do
olvido, nem sempre esse dito do mestre platino logra passar pelas forcas
caudinas do tempo.
Não
sei a que forças o empenho de Theresa May, essa estranha figura dentre os
próceres que se aninham na galeria reservada aos primeiros ministros, terá servido,
eis que pelo visto, malgrado os ingentes esforços dispendidos e as
proteções superiores, o seu caminho parece cerceado pelas anônimas entidades
que se desencadeiam impiedosas contra os medíocres.
Ela
tudo promete, até mesmo renunciar ao posto a que muitos se empenham com todas
as próprias forças, mas debalde.
Malgrado
as
proteções que a cercam, pressurosas, o malogro acompanhará insistente a sua
obstinada empresa. Ela talvez venha carregada do dúbio selo dos acordos das
camarilhas, e por isso, inda que prometa o que não devera, o descrédito que a
cerca lhe deixa um estranho espaço vazio à frente, que escarnece de suas
promessas, eis que elas não carregam aquele mágico timbre que os verdadeiros
líderes costumam levar consigo.
Pois os membros do Parlamento não apóiam as suas propostas, não importa
o traje e a procedência que tenham. Há talvez uma marca que as distinga, e a
elas estará reservada a sombra de algum estigma.
Não
basta ser protegida dos maiores, pois a protagonista também sói trazer
estampados, seja na biografia, seja no imediato caminho pregresso as estranhas
marcas da liderança. Todos as reconhecem, inda que não se mostrem aos tolos e
oportunistas.
E esta parece ser a sina da Theresa May.
(
Fonte: The Independent )
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