Para mascarar o novo
apagão, ocorrido desde o dia 25 de março, que afeta a 21 dos 23 estados,
Nicolás Maduro desfia a sua ladaínha de mentiras, e decreta feriado nacional.
Sem pejar-se das lorotas, o ditador denunciou "incêndio de grande
magnitude", provocado pelos sólitos "terroristas", o que na sua
tortuosa fabulação "está prolongando
o blecaute", e, por
conseguinte, paralisando o país desde a
segunda-feira.
Tenha-se presente que a Venezuela
se recuperava do pior apagão de sua história, que começara no dia 7 e durara
uma semana, mas voltou a ficar às escuras, com as ruas desertas e o comércio
cerrado.
Além da capital Caracas, o apagão
afeta 21 dos 23 estados, segundo as redes sociais. O blecaute começou desde a
segunda, dia 25 (e afetou, como já foi referido, a Roraima, que ainda depende
da energia venezuelana). Iniciado às 13:22hs desta segunda, afetou o
fornecimento de água, as redes telefônicas, a internet e o sistema bancário
eletrônico, que por causa da hiperinflação se afigura vital para as conexões
bancárias e os pagamentos.
Em discurso na Assembleia
Nacional, em que a Oposição é maioria, o presidente-interino da Venezuela, Juan Guaidó, desmentiu a versão oficial
e referiu que houve sobrecarga no sistema das subestações. ""Como
poderia ser uma sabotagem, se eles
enviaram militares para proteger as instalações elétricas?", assinalou
Guaidó.
Guaidó prepara uma mobilização
nacional e, inclusive, marcha até o Palácio
de Miraflores (residência
presidencial), em data ainda a ser definida. Fala-se inclusive - mas não há
confirmação da fonte - que não se descartaria a possibilidade de "pedir-se ao Legislativo que venha a autorizar uma intervenção militar
estrangeira."
Dadas as implicações envolvidas e a
gravidade da situação, não há confirmação de que tal esteja sendo considerado. Diante da situação do
governo e das caóticas condições prevalentes na Venezuela, a paciência e a resistência do Povo
estão sendo duramente testadas. Nessas condições, a ordem pública tende a
tornar-se para a assediada população uma farsa, e não se poderia, por
conseguinte, excluir desde a cínica instrumentalização pelo desmoralizado
governo chavista dessa convivência com o caos até outros desenvolvimentos
imprevisíveis.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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