O
presidente Jair Bolsonaro, segundo o Estadão,
afirmou ontem, treze de março, que pretende trocar cerca de quinze
representações diplomáticas por esse mundo. Segundo o próprio, as trocas serão feitas em postos-chave,
incluindo as missões nos Estados Unidos e na França, e têm como objetivo
"melhorar sua imagem no exterior".
Em
café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, Bolsonaro se queixou do
trabalho dos atuais diplomatas.Disse que é apresentada lá fora com uma imagem
pessoal muito ruim, e que os chefes de missão têm como tarefa não só promover o
Brasil no exterior, mas também "não apresentar o governo e o presidente
como se fosse racista e homofóbico".
Foi a
segunda vez que o presidente organizou este tipo de encontro com jornalistas.
Como da primeira vez, o Estado não foi convidado.
Entre os escolhidos para "defender" o governo Bolsonaro, está
o diplomatra Luiz Fernando Serra, que trocará a embaixada em Seul pelo posto de
Paris.
A
representação na capital francesa está com Paulo Oliveira Campos, o POC, como
era chamado por Lula. Vai agora para o
Consulado-Geral em São Francisco, uma senhora mudança para quem estava em
Paris.
O
governo também prestigiará Ronaldo Costa
Filho, que deixa a Subsecretaria de Assuntos Econômicos, para assumir a direção
da Missão junto às Nações Unidas, hoje ocupada pelo diplomata Mauro Vieira.
Estados Unidos. Washington é a maior
expectativa. Em conversa recente, o Ministro
Ernesto Araújo combinou com o
embaixador Sérgio Amaral que ele fique no posto
até a visita de Bolsonaro a Casa Branca, na semana que vem.
Na lista dos trocáveis, estão diplomatas associados aos governos do PT, que hoje ocupam
representações em New York, Paris, Lisboa e Roma. Eles serão realocados para
postos de menor importância diplomática.
O ex-Ministro Antonio Patriota, que estava no Palazzo Pamphili, em
Roma,vai agora para a Haia, nos Países Baixos. Outro ex-ministro que perderá o
cargo será Mauro Vieira, que sai da missão em Nova York junto às Nações Unidas,
e vai para Atenas. Já outro ministro do
PT, este de Dilma, que chefiou o Itamaraty entre 2013 e 2014, irá de Lisboa
para Copenhague.
As trocas feitas no governo Michel Temer não serão afetadas, porém. Assim permanece Sergio Danese (Buenos Aires),
Pompeu Andreucci Neto (Madri) Claudio
Arruda (Londres) e Eduardo Santos (Consbras Milão).
Assinale-se que o vice-presidente, general Hamilton Mourão criticou o
recuo de Bolsonaro, forçando Moro a desconvidar Ilona Szabó (legalização do
aborto).
Para o general Mourão "Perde
o Brasil todas as vezes que você não pode sentar numa mesa com gente que
diverge de Você". Por isso, ele
discorda de que a nomeação de Ilona não haja sido mantida.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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