quinta-feira, 14 de março de 2019

Nova Dança Diplomática ?


                            
       O presidente Jair Bolsonaro, segundo o Estadão,  afirmou ontem, treze de março, que pretende trocar cerca de quinze representações diplomáticas por esse mundo. Segundo o próprio,  as trocas serão feitas em postos-chave, incluindo as missões nos Estados Unidos e na França, e têm como objetivo "melhorar sua imagem no exterior".
        Em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, Bolsonaro se queixou do trabalho dos atuais diplomatas.Disse que é apresentada lá fora com uma imagem pessoal muito ruim, e que os chefes de missão têm como tarefa não só promover o Brasil no exterior, mas também "não apresentar o governo e o presidente como se fosse racista e homofóbico".
         Foi a segunda vez que o presidente organizou este tipo de encontro com jornalistas. Como da primeira vez, o Estado não foi convidado.
          Entre os escolhidos para "defender" o governo Bolsonaro, está o diplomatra Luiz Fernando Serra, que trocará a embaixada em Seul pelo posto de Paris.
          A representação na capital francesa está com Paulo Oliveira Campos, o POC, como era chamado por Lula.  Vai agora para o Consulado-Geral em São Francisco, uma senhora mudança para quem estava em Paris.
            O governo também prestigiará  Ronaldo Costa Filho, que deixa a Subsecretaria de Assuntos Econômicos, para assumir a direção da Missão junto às Nações Unidas, hoje ocupada pelo diplomata Mauro Vieira.
             Estados Unidos. Washington é a maior expectativa. Em conversa recente, o Ministro  Ernesto Araújo  combinou com o embaixador Sérgio Amaral que ele fique no posto  até a visita de Bolsonaro a Casa Branca, na semana que vem.
             Na lista dos trocáveis, estão diplomatas associados  aos governos do PT, que hoje ocupam representações em New York, Paris, Lisboa e Roma. Eles serão realocados para postos de menor importância diplomática.
              O ex-Ministro Antonio Patriota, que estava no Palazzo Pamphili, em Roma,vai agora para a Haia, nos Países Baixos. Outro ex-ministro que perderá o cargo será Mauro Vieira, que sai da missão em Nova York junto às Nações Unidas, e vai para Atenas.  Já outro ministro do PT, este de Dilma, que chefiou o Itamaraty entre 2013 e 2014, irá de Lisboa para Copenhague.
                 As trocas feitas no governo Michel Temer não serão afetadas, porém.  Assim permanece Sergio Danese (Buenos Aires), Pompeu Andreucci Neto (Madri)  Claudio Arruda (Londres) e Eduardo Santos (Consbras Milão).
                   Assinale-se que o vice-presidente, general Hamilton Mourão criticou o recuo de Bolsonaro, forçando Moro a desconvidar Ilona Szabó (legalização do aborto).
                    Para o general Mourão "Perde o Brasil todas as vezes que você não pode sentar numa mesa com gente que diverge de Você".  Por isso, ele discorda de que a nomeação de Ilona não haja sido mantida.

( Fonte:  O Estado de S. Paulo )

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