sábado, 16 de março de 2019

Equador sai da Unasul


                                            

       O  presidente do Equador, Lenin Moreno, anunciou a catorze de março  a decisão de retirar o seu país da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) e de pedir a devolução  do prédio que abriga a secretaria-geral do organismo, que se localiza nos arredores de Quito.
      Moreno planeja entregar a sede do bloco regional à Universidade Indígena. Pretende outrossim retirar  a estátua de Nestor Kirchner, presidente argentino, que morreu em 2007.  Justificou dizendo o gesto ao declarar que "ela não representa as aspirações da população equatoriana".
       A Unasul, depois de reunir os países mais representativos da América do Sul, acha-se hoje bastante esvaziada. Além do próprio Equador, saíram da Unasul em 20 de abril de 2018, face à ausência de um secretário-geral, Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru (que saíram em 20 de abril de 2018), por força da ausência de secretário-geral. Agora o bloco fica reduzido a apenas cinco membros.
          Para Lenin Moreno, "a Unasul entrou em caminho sem volta há um ano. A metade dos membros não participa nem contribui. A secretaria-geral não tem titular há mais de dois anos e o pessoal foi reduzido sensivelmente".  A par disso, Moreno não hesita  em jogar a culpa  nos regimes de esquerda que governaram vários países do continente há uma década, ao tentar explicar o fracasso da organização..
          Dentre esses regimes, além dos governos Lula e Dilma, no Brasil,  de Nicolás Maduro, na Venezuela, e do Uruguai, Lenin Moreno tampouco hesitou em inseri-los, para explicar o fracasso da Unasul.

( Fonte:  O Estado de S. Paulo )

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