O presidente Jair Bolsonaro anunciou a 28 de
fevereiro, pela manhã, que pelo
menos três pontos importantes da reforma
da Previdência podem ser mudados para facilitar a aprovação da proposta pela
Câmara. O principal é a redução da idade mínima
para a aposentadoria de mulheres de
62 para sessenta anos, mas ele também falou em alterar o valor do
benefício assistencial pago a idosos de baixa renda, previsto em R$ 400 a
partir dos 60 anos, e em mudar as regras
de pensão por morte.
Com o movimento, o presidente cede a apelos
de lideranças partidárias, que reagiram negativamente a pontos da reforma. A
estratégia colocada em campo apenas oito dias depois de o texto ser enviado ao
Congresso, põe o Ministro Paulo Guedes, do Ministério da
Economia, e a sua equipe de direção, em uma situação difícil, eis que ao sugerir
a mudança, e de forma precipitada, em pontos importantes da Reforma, o Presidente não deixa de enfraquecer um
projeto de reforma que mal inicia o seu itinerário pelos escolhos das Comissões
e lideranças na Câmara.
Nesse início que se enceta confuso -
as negociações com os deputados sequer começaram - ter-se-á presente que
o Ministro da Economia, Paulo Guedes, insiste que cada mudança feita no projeto
inicial tem de ser compensada com outra para chegar à economia mínima de R$ 1
trilhão prevista com as alterações julgadas indispensáveis nas regras da
aposentadoria.
Será que piscando assim tão cedo não estará o Governo do Presidente Jair
Bolsonaro sinalizando um certo
nervosismo para as hostes parlamentares,
no que tange à uma reforma marcada como básica para a economia do Brasil
?
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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