Na sincopada cobertura
da batalha no Parlamento inglês entre a May, que quer por que quer o Brexit, e as bancadas de conservadores,
trabalhistas et.al. em Westminster,
que diante da monótona repetição das votações indicam a sua tenaz negativa, a
pergunta que continua abafada será a de quanto tempo ainda se fará passar o
Povo inglês através desse tenaz espetáculo, que em outros cenários seria
apostrofado de terceiro-mundista para baixo, haja vista a existência de óbvias
forças que querem gastar o tempo, e fazer com que a May apareça como um fator
atuante nessa comédia, quando tudo leva a crer que não passe de um fantoche,
ali colocado para que o drama continue a estender-se com o jeito de pastelão, e
não o de uma votação que busque o que é do melhor interesse desse parlamento (e
país) que semelha consumir-se em jogadas pueris, quando na verdade o drama
possa involuir para tragédia.
Apenas um pequeno partido, o DUP irlandês (aquele que salvara a May
de sua primeira indicação quanto ao próprio baixo nível) parece preocupado com
a situação do Reino Unido, para ele ameaçado pelas ineptas jogadas da Primeiro
Ministro.
Reza o bom senso que o Parlamento não quer saber dos planos da May
quanto ao Brexit. Basta de falsas trapalhadas.
Quando um poder se mostra
ineficaz, grita a prática de que bate a
hora de recorrer a novas soluções. Por que a May repisa o recurso batido a uma
maioria que deixou de existir faz tempo? É mais do que hora de um entendimento
dos grandes partidos para que o Povo inglês decida sobre esse gigantesco
abacaxi inventado pela May, e que não pode manifestamente ser resolvido segundo
os seus obstinados termos.
Há duas soluções para o
problema: ou a convocação de um novo referendo, que seja feito com adequada
participação do Povo inglês, e na estação apropriada, ou continuar empurrando a
questão com a barriga.
O referendo é a resposta do
bom senso, e, por isso, convém fazê-lo no momento certo para que a participação
do Povo seja a mais própria, e não repetir o passado referendo estival de 2016, com um
afluxo que não correspondeu à relevância
da decisão. Basta de meias
respostas, ou de soluções em que se procure, na verdade, atender a interesses
inconfessáveis.
Já a expletiva presença da
May grita pela necessidade de soluções sérias e apropriadas. Já se perdeu tempo
demasiado com campanhas pela metade.
O Brexit
é o palpite infeliz. O povo inglês tem que ouvir o DUP e aplicar o que lhe
interessa, e não recorrer a qualquer jogada que a mediocridade em funções venha
a apresentar-lhe.
(
Fontes: The Independent; O Estado de S. Paulo )
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