Nem tudo são flores na política, e declarações passadas podem reverberar
negativamente. Nesse contexto, o presidente do Chile, Sebastián Piñera criticou o seu colega Jair Bolsonaro em um programa de
tevê nesse fim de semana. No contexto, ele
citou a frase "quem procura osso é cachorro", que figurava em cartaz
pendurado na porta do gabinete do então deputado federal Bolsonaro, com
referência à busca de restos mortais de desaparecidos na guerrilha do Araguaia, durante a ditadura
militar.
A
despeito de ser de direita, Piñera declarou: "eu não compartilho muitas
das afirmações que Bolsonaro fez no passado." Não obstante, o presidente chileno elogiou a
seguir outros aspectos do presidente brasileiro.
Na visita de Bolsonaro ao Chile,
ele e seu colega chileno assinaram declaração conjunta, em que rejeitam
intervenção militar na Venezuela e pregam
uma solução pacífica para a saída de Nicolás Maduro do poder.
Nessa ocasião, Bolsonaro assegurou
que a região vive um "descolamento da questão ideológica", e
mostrou-se satisfeito com a fundação do Prosul, o novo organismo criado
na cúpula presidencial em Santiago, que contou com a presença de sete presidentes da região.
O ProSul sucede a Unasul, criada em 2008, e que era de viés esquerdizante.
Piñera defendeu a fundação do Prosul, e questionado sobre o fato de o
Uruguai e a Bolívia não assinarem a declaração de criação do organismo, Piñera
afirmou que "os oito países signatários são os maiores da América do
Sul".
Para o presidente chileno, vivem sob a ditadura Nicarágua, Cuba e
Venezuela. No que tange a Maduro, ainda para Piñera, é um ditador para quem
"resta pouco tempo no poder".
Quanto a Chávez, o chileno
declarou que "nenhum país questionara sua primeira eleição" e que a
nação governada por ele era "outra Venezuela".
(
Fonte: O
Globo )
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