Em entrevista de
primeira página ao Estadão, o Ministro da Economia, Paulo Guedes disse ao Estadão que o Governo articula a
apresentação no Senado Federal de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que acaba com os gastos
obrigatórios previstos nos orçamentos da União, Estados e Municípios.
O
objetivo será dar aos políticos o controle total sobre os recursos públicos, o
que seria exatamente a função para a qual foram eleitos, segundo o Ministro.
"Eles vão entender que, em vez de discutir R$ 15 milhões ou R$ 5
milhões de emendas, vão discutir R$ 1,5
trilhão de Orçamento da União, mais os orçamentos dos municípios e dos
Estados", afirmou o Ministro Paulo Guedes.
Segundo
o Ministro da Fazenda, Paulo Guedes, o projeto está pronto e ganhou força
diante do rombo nas finanças estaduais e municipais.
Disse ele, outrossim, que na Reforma da Previdência "a economia de
R$ 1 trilhão é o piso", e que até aceita mexer em temas polêmicos, como o
BPC, mas que qualquer alteração na proposta entregue ao Congresso terá de ser
compensada. Sobre privatizações, afirmou Paulo Guedes que "gostaria de
vender tudo e reduzir dívida", mas a decisão não cabe a ele.
"Quem tem voto não sou eu, é o presidente."
Na entrevista de PG ao Estadão,
mais outros pontos de relevo, na entrevista do Superministro: "os deputados vão entender que, em vez de
discutir R$ 15 milhões ou R$ 5 milhões
de emendas, vão discutir R$ 1,5 trilhão de orçamento da União, mais os
orçamentos dos municípios e dos Estados." O ministro concorda em que a
nova política terá de valorizar os partidos: "Agora esses partidos não
podem ser mercená-rios."
Quanto a "sugestões de
economia", "Quer reduzir a idade mínima das mulheres para 60
anos (na reforma da Previdência)? A economia cai R$ 100 bilhões. Se cair a
idade mínima das mulheres, não poderá mexer nas regras do rural, no BPC. Se
quer reduzir a idade da mulher, tira do militar. Se quer dar para o militar,
tira do rural. No total, tem de dar R$ 1trilhão (de economia)."
Paulo Guedes: "Eu acho que, se em vez de fazer sessenta anos (idade
para começar a receber um salário mínimo) colocar 62 anos e 68 anos, passa no
Congresso. Além disso, se o valor de R$400 for para R$ 500 ou R$ 600, passa.
O
Marinho (Rogério Marinho), secretário especial de Trabalho e Previdência botou coisas
porque só ele sabe o que é para negociar.
(
Excertos da entrevista de PG ao Estado de S. Paulo )
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