sexta-feira, 1 de março de 2019

O Fracasso da II Cúpula entre Trump e Kim



        Não surpreende que a  segunda cúpula entre Donald Trump e Kim Jong-un haja terminado sem acordo entre as Partes acerca da desnuclearização da Península Coreana.
           Na verdade, como se demonstrara em número anterior da New York Review of Books fora ilusório o suposto progresso nas negociações entre o presidente americano e o ditador norte-coreano.

            Com escasso conhecimento da matéria, em termos de desnuclearização,   Trump aceitara muitas posturas de Kim Jong-un  que os expertos ocidentais exporiam como sem base sólida, no que correspondera a supostas mudanças de posição do atual ditador norte-coreano que, em verdade, não tinham qualquer base na realidade, e sim na esperteza de Kim.
                Em outras palavras,  na reunião anterior as alegadas supostas concessões  de Kim na verdade não passavam, se examinadas com as lupas dos expertos na matéria, de posturas  que um presidente responsável  não teria permitido ganhassem a aparência de uma supostamente promissora realidade que não tinham.
                 Kim na conferência anterior na verdade não fizera concessão substancial, como as alegadas por Trump.  E para aqueles que antes o apressado 45º presidente sequer terá consultado, como John Ciorciari, diretor do Centro de Política Internacional da Gerald Ford School of Public Policy, da Universidade de Michigan, a ausência de progresso não surpreende: "As partes não estavam perto do ponto de avanço. A reunião foi prematura.  Isso deu a Kim a chance de pressionar Trump por concessões com poucas perspectivas de avanços substanciais na Coreia do Norte".
  
                  No entanto,  Kim sai tisnado do fracasso da reunião, por não haver conseguido a suspensão das sanções e ter pela frente a difícil tarefa de recuperar a economia norte-coreana. Por outro lado, o fracasso da conferência de Hanoi é um golpe duro para o presidente sul-coreano Moon Jae-in, que acreditara demasiado na perspectiva de uma comunidade econômica entre as duas divididas Coréias, a democracia do Sul e a belicosa ditadura do Norte. A Coreia do Sul tem um nível de vida e de cultura muito superior àquele do regime de Kim Jong-un, que rege com mão de ferro  a pobre gente da Coreia do Norte. Esta se acha á em situação econômica e política muito distinta do alto nível de vida alcançado por Seul, graças ao esforço próprio e ao  apoio do Ocidente.

                       E  o fanfarrão Donald Trump acrescenta  mais um tropeço à sua lista.


( Fontes: The New York Review of Books, O Estado de S. Paulo )

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