terça-feira, 26 de março de 2019

Pressionado, Bolsonaro promete empenhar-se



        Após um fim de semana acalorado, com bate-boca na imprensa com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e de dar declarações contraditórias sobre a importância da reforma da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem, dia 25 de março, que vai empenhar-se para a aprovação da Proposta na Câmara.
             Em tal sentido,  o presidente pediu que ministros busquem a "pacificação" com os deputados.
          Segundo o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, Bolsonaro está disposto a se reunir com presidentes de partidos e lideranças no Congresso. "O presidente está aberto a interlocução com todos", disse o porta-voz.
          Na mesma linha pacificadora, o ministro da Economia, Paulo Guedes, deve tomar à frente nas articulações políticas.  Junto com Bolsonaro, trabalhará para esclarecer a proposta para a sociedade e para os congressistas. Ontem, dia 25, a prefeitos reunidos em Brasília, o super-Ministro Guedes disse que a reforma vai evitar a interrupção no pagamento de salários ao funcionalismo público.

          A relevância da empresa foi sublinhada por uma declaração do porta-voz: "temos duas opções - aprovarmos a Previdência ou mergulharmos num buraco sem fundo", disse o porta-voz presidencial, Otávio do Rêgo Barros, no fim do dia. Pela manhã, o presidente se reunira com os ministros Paulo Guedes (Economia), Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Santos Cruz (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Segurança Institucional). Segundo o porta-voz, Bolsonaro "fará todos os esforços para que a proposta da Previdência avance sob a batuta do Congresso", mas entende que é "parte da solução" para garantir a aprovação.

             Rêgo Barros  afirmou que o presidente está disposto a se reunir com os presidentes de partidos e lideranças no Congresso.  Segundo ele, Bolsonaro e Guedes farão um esforço conjunto para "esclarecer a proposta".
              Segundo a reportagem do Estado apurou, Guedes vai tomar a frente nas articulações políticas.  Nesse sentido, segundo uma fonte, "Paulo fica com o verbo e Onyx com a verba." Aliados de Guedes defendem que o superministro separe três horas por dia para receber os parlamentares. É o PSL, do próprio Bolsonaro, o primeiro a ser recebido - ele ainda não manifestou apoio a reforma...

              Tal esclarecimento - segundo o porta-voz Rego Barros - será feito com base em quatro pilares: combate às fraudes, facilitação da cobrança de dívidas previdenciárias, equidade e a criação do regime de capitalização - modelo  no qual o trabalhador poupa numa conta individual, que banca os benefícios no futuro.

                   Na estratégia de trégua entre Executivo e Legislativo, Onyx almoçou ontem com Maia na residência oficial da presidência do Senado com o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Maia disse ao Ministro que não vai fazer gesto público, nem recuar de seu posicionamento de que cabe, agora, ao governo assumir a dianteira nas negociações com a Câmara. Santos Cruz recorreu ao divino para falar do futuro da reforma: "Se Deus quiser, vai dar tudo certo,"!

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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