Após um fim de semana
acalorado, com bate-boca na imprensa com o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia, e de dar declarações contraditórias sobre a importância da
reforma da Previdência, o presidente Jair
Bolsonaro afirmou ontem, dia 25 de março, que vai empenhar-se para a
aprovação da Proposta na Câmara.
Em tal sentido, o presidente pediu que ministros busquem a
"pacificação" com os deputados.
Segundo o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, Bolsonaro está
disposto a se reunir com presidentes de partidos e lideranças no Congresso.
"O presidente está aberto a interlocução com todos", disse o
porta-voz.
Na mesma linha pacificadora, o
ministro da Economia, Paulo Guedes,
deve tomar à frente nas articulações políticas.
Junto com Bolsonaro, trabalhará para esclarecer a proposta para a
sociedade e para os congressistas. Ontem, dia 25, a prefeitos reunidos em
Brasília, o super-Ministro Guedes disse que a reforma vai evitar a interrupção
no pagamento de salários ao funcionalismo público.
A relevância da empresa foi
sublinhada por uma declaração do porta-voz: "temos duas opções -
aprovarmos a Previdência ou mergulharmos num buraco sem fundo", disse o
porta-voz presidencial, Otávio do Rêgo Barros, no fim do
dia. Pela manhã, o presidente se reunira com os ministros Paulo Guedes (Economia), Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Santos Cruz
(Secretaria de Governo) e Augusto Heleno
(Segurança Institucional). Segundo o porta-voz, Bolsonaro "fará todos os
esforços para que a proposta da Previdência avance sob a batuta do
Congresso", mas entende que é "parte da solução" para garantir a
aprovação.
Rêgo Barros afirmou que o presidente está disposto a se
reunir com os presidentes de partidos e lideranças no Congresso. Segundo ele, Bolsonaro e Guedes farão um
esforço conjunto para "esclarecer a proposta".
Segundo a reportagem do Estado
apurou, Guedes vai tomar a frente nas articulações políticas. Nesse sentido, segundo uma fonte, "Paulo
fica com o verbo e Onyx com a verba." Aliados de Guedes defendem que o
superministro separe três horas por dia para receber os parlamentares. É o PSL,
do próprio Bolsonaro, o primeiro a ser recebido - ele ainda não manifestou apoio
a reforma...
Tal esclarecimento - segundo o
porta-voz Rego Barros - será feito com base em quatro pilares: combate às
fraudes, facilitação da cobrança de dívidas previdenciárias, equidade e a
criação do regime de capitalização - modelo
no qual o trabalhador poupa numa conta individual, que banca os
benefícios no futuro.
Na estratégia de trégua
entre Executivo e Legislativo, Onyx almoçou ontem com Maia na residência oficial da presidência do Senado com o
presidente da Casa, Davi Alcolumbre
(DEM-AP). Maia disse ao Ministro que não vai fazer gesto público, nem recuar de
seu posicionamento de que cabe, agora, ao governo assumir a dianteira nas
negociações com a Câmara. Santos Cruz
recorreu ao divino para falar do futuro da reforma: "Se Deus quiser, vai
dar tudo certo,"!
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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