O presidente dos
Estados Unidos alertou a Rússia quanto à
conveniência de retirar equipamentos e militares, que chegaram à Venezuela
neste fim de semana.
Como é seu hábito, Trump afirmou
que "todas as opções estão abertas" para que isto aconteça. Nesse
sentido, recorreu à ameaça não tão velada de que os EUA podem partir para uma
intervenção militar contra o regime de Maduro.
Esta fala do presidente
estadunidense ocorreu no Salão Oval da Casa Branca, ao receber Fabiana
Rosales, esposa de Juan Guaidó.
O presidente interino da Venezuela já foi reconhecido como tal por mais de
cinquenta países, entre eles o Brasil e os Estados Unidos.
Na Casa Branca, Fabiana denunciou
perseguições do regime chavista a parentes de Guaidó. Ela disse, a
propósito, que o serviço secreto
venezuelano tem ameaçado o opositor. "Eu temo pela vida de meu
marido", afirmou a esposa de Guaidó na Casa Branca. Mais tarde, Fabiana
foi igualmente recebida pelo vice-presidente Mike Pence.
Como se sabe, a Rússia enviara no sábado à
Venezuela dois aviões com militares russos e equipamentos, que acompanharam o
general diretor de mobilização das Forças Armadas russas. Diante da
possibilidade de um reforço das forças
de Maduro, o governo russo desmentiu afirmando que a movimentação é parte da
cooperação rotineira entre os dois países.
Para Benjamin Gedan, atual integrante do programa da América Latina do
Wilson Center, as ameaças militares de Trump abririam a porta para
"provocações" dos aliados de Maduro. Nesse contexto, aduziu Gedan :
"É possível que essas ameaças sejam para aterrorizar os militares
venezuelanos e provocar uma revolta. Enquanto isso, sua retórica afasta os
aliados latino-americanos e ajuda a justificar ações provocadoras dos aliados
de Maduro em Moscou".
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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