quinta-feira, 28 de março de 2019

Ameaça de Trump a Moscou


                   
       O presidente dos Estados Unidos alertou a Rússia  quanto à conveniência de retirar equipamentos e militares, que chegaram à Venezuela neste fim de semana.
            Como é seu hábito, Trump afirmou que "todas as opções estão abertas" para que isto aconteça. Nesse sentido, recorreu à ameaça não tão velada de que os EUA podem partir para uma intervenção militar contra o regime de Maduro.
            Esta fala do presidente estadunidense ocorreu no Salão Oval da Casa Branca, ao receber Fabiana Rosales, esposa de Juan Guaidó. O presidente interino da Venezuela já foi reconhecido como tal por mais de cinquenta países, entre eles o Brasil e os Estados Unidos.
           Na Casa Branca, Fabiana denunciou perseguições do regime chavista a parentes de Guaidó. Ela disse, a propósito,  que o serviço secreto venezuelano tem ameaçado o opositor. "Eu temo pela vida de meu marido", afirmou a esposa de Guaidó na Casa Branca. Mais tarde, Fabiana foi igualmente recebida pelo vice-presidente Mike Pence.
           Como se sabe, a Rússia enviara no sábado à Venezuela dois aviões com militares russos e equipamentos, que acompanharam o general diretor de mobilização das Forças Armadas russas. Diante da possibilidade de um reforço das forças de Maduro, o governo russo desmentiu afirmando que a movimentação é parte da cooperação rotineira entre os dois países.
            Para Benjamin Gedan, atual integrante do programa da América Latina do Wilson Center, as ameaças militares de Trump abririam a porta para "provocações" dos aliados de Maduro. Nesse contexto, aduziu Gedan : "É possível que essas ameaças sejam para aterrorizar os militares venezuelanos e provocar uma revolta. Enquanto isso, sua retórica afasta os aliados latino-americanos e ajuda a justificar ações provocadoras dos aliados de Maduro em Moscou".

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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