Maia
contra Temer
A candidatura do filho de Cesar Maia,
Rodrigo Maia (DEM-RJ) não decola, e por isso, talvez, ele venha investindo mais
numa postura oposicionista marginal, ao singularizar o Presidente Michel Temer
em seus primeiros movimentos como candi- dato in fieri. Partindo de base
estreita e de pequeno partido, Maia
procura valer-se da tática do raio em céu sem nuvens, i.e., tentando fustigar
Temer e o transformando em alvo preferencial na pré-campanha.
Em termos de reforma da Bolsa Família,
ele vai propor a criação de Seguro
Social com duas bandas. Uma que mantém a
atual Bolsa Família. A outra seria variável e agregaria valor de acordo com o
progresso educacional dos filhos de famílias que recebam o benefício.
Depois de conversar com o PT, em termos
de unir forças (Dem e PT ?), acrescenta o necessário veneno pungente: "Nosso
projeto não é garantir a administração da pobreza, mas a mobilidade social e
educacional". Quem será aquele a que deseja chamar a atenção?
A
AGU pede urgência quanto ao indulto natalino
Tratando
do óbvio, o ministro da Justiça, Torquato
Jardim, afirmou ontem que a decisão do Ministro Luis Roberto Barroso,
do STF, de mudar o indulto natalino "invade a competência" do
presidente Michel Temer.
Por outro lado, a AGU pediu
urgência à ministra Carmen Lúcia,
presidente do STF, para levar o caso ao plenário da Corte. Por sua vez, o
ministro Carlos Marum (Secretaria de Governo) também criticou Barroso e disse
que avalia fazer uma repre-sentação "para
pedir o impeachment dele".
As críticas são parte de uma
ofensiva que o Palácio do Planalto iniciou contra o ministro Barroso, do STF.
Anteontem, Barroso alterara, em decisão
individual, o indulto a presos editado por Temer em dezembro e excluíu do benefício condenados por crimes de
colarinho-branco, como peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de
influência. Também aumentou o período
mínimo de cumprimento da pena. "O papel não é legislar. Nos surpreende
que, quando legisla de um quinto para um terço a necessidade do cumprimento da
pena, o ministro invada competência exclusiva da Presidência", disse
Torquato.
Nessa matéria, o Governo pretende agir em duas frentes - uma jurídica e outra, na esfera política - na tentativa de mostrar "contradições" de Barroso. A estratégia ganhou força anteontem, em várias reuniões ao longo do dia entre Temer, ministros que têm gabinete no Planalto, líderes da base aliada no Congresso, e um jantar no Jaburu com Marum.
Nessa matéria, o Governo pretende agir em duas frentes - uma jurídica e outra, na esfera política - na tentativa de mostrar "contradições" de Barroso. A estratégia ganhou força anteontem, em várias reuniões ao longo do dia entre Temer, ministros que têm gabinete no Planalto, líderes da base aliada no Congresso, e um jantar no Jaburu com Marum.
Temer pediu a aliados para atacar
em público as decisões de Barroso. Além de derrubar o indulto, o ministro
quebrou o sigilo bancário do Presidente e autorizou a investida contra o
ex-assessor da Presidência Rodrigo Rocha
Loures e o coronel João Baptista Lima Filho, ligados a Michel Temer.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário