O otimismo de Mr Trump
sobre o êxito das guerras comerciais - 'que
não são tão más assim, além de serem
fáceis de ganhar' - levaram o colunista do Times, James B. Stewart, a
se perguntar : em que guerras comerciais Mr Trump está pensando?
O exemplo do
passado desfaz esse prognóstico meio cretinóide. No lançamento da lei tarifária Smoot-Hawley
em 1930, todos posam com a arrogância do otimismo na escadaria do Capitólio, em
Washington. Pudera! os Estados Unidos impunham altas tarifas a cerca de vinte
mil artigos importados...
A reação dos parceiros comerciais, liderados
pelo Canadá, foi forte e as exportações americanas cairam 61% de 1929 a 1933.
Assim, a guerra comercial termina com o recuo americano, revogando-se os aumentos tarifários em 1934,
já sob o novo Presidente, o democrata Franklin
Delano Roosevelt.
A leviandade e a
falta de leituras sobre o assunto, indicada pela fraqueza dos próprios
argumentos, levaram o professor de História na Universidade de Exeter na
Inglaterra, Marc-William Palen, autor
da "Conspiração do Livre Comércio" a dizer que a resposta óbvia sobre
quem vence uma guerra comercial será dizer que ninguém vence uma guerra comercial.
E o mais interessante nessas guerras, é o fato de que aqueles que ganham serão
sempre os países que não tomaram parte no conflito...
No caso presente, a atribuição de responsabilidades não
é difícil. A ignorância preside absoluta
ao estado-maior que lança a guerra comercial. Já o desconhecimento e a
arrogância minam as defesas de quem lhes apóia, pensando amealhar fáceis
ganhos.
( Fonte:
The New York Times )
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