Essa notícia tem duas
caras: a importância da internet continua a crescer, mas também ipso facto infelizmente aumenta o poder
dos hackers em tornar qualquer cidade
ou grupo de empresas potencial refém de hackers.
Atlanta, a nona região metropolitana
mais populosa dos EUA, que tem o aeroporto mais movimentado do país, está
parcialmente paralisada desde a quinta-feira dia 22 de março, em razão de um
ciberataque.
Assim, os computadores e servidores
municipais foram vítimas de um ransomware
que deixou os oito mil funcionários da prefeitura sem e-mail, os tribunais inoperantes e a população sem poder pagar
contas.
O ransomware é um sequestro. O crime ocorre quando hackers invadem os sistemas e
criptografam os dados. Em seguida, eles
exigem o pagamento de resgate para restabelecer o acesso aos usuários. Para
evitar que sejam identificados, os bandidos pedem que o pagamento seja feito em
criptomoeda, que é muito difícil de rastrear.
Em Atlanta, os criminosos pedem
US$ 51 mil em bitcoins para
desbloquear os computadores do município. A prefeita Keisha Lance Bottoms
reclamou que a cidade está "refém" de criminosos, após uma semana de
serviços indisponíveis: assim, os cidadãos não podem pagar as contas de
luz, multas de trânsito, o Wi-Fi do
aeroporto foi suspenso, a polícia está registrando boletins de ocorrência à
caneta e os tribunais não emitem mais nenhum tipo de decisão.
Hackers.
Com a ajuda federal, investigadores responsabilizaram um grupo de hackers conhecido como SamSam, que já faturou US$ 1 milhão em
30 ações do tipo apenas este ano. Os alvos são hospitais, prefeituras,
departamentos de polícia e universidades, vítimas cujo custo de US$ 50 mil de
resgate é ínfimo perto do prejuízo de ficar sem sistema por uma semana. Ninguém
sabe, no entanto, de onde são os hackers
ou quantos são.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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