quinta-feira, 29 de março de 2018

Atlanta vira refém de ciberataque


                                   
          Essa notícia tem duas caras: a importância da internet continua a crescer, mas também ipso facto infelizmente aumenta o poder dos hackers em tornar qualquer cidade ou grupo de empresas potencial refém de hackers.
           Atlanta, a nona região metropolitana mais populosa dos EUA, que tem o aeroporto mais movimentado do país, está parcialmente paralisada desde a quinta-feira dia 22 de março, em razão de um ciberataque.
            Assim, os computadores e servidores municipais foram vítimas de um ransomware que deixou os oito mil funcionários da prefeitura sem e-mail, os tribunais inoperantes e a população sem poder pagar contas.
            O ransomware é um sequestro. O crime ocorre quando hackers invadem os sistemas e criptografam os dados.  Em seguida, eles exigem o pagamento de resgate para restabelecer o acesso aos usuários. Para evitar que sejam identificados, os bandidos pedem que o pagamento seja feito em criptomoeda, que é muito difícil de rastrear.
             Em Atlanta, os criminosos pedem US$ 51 mil em bitcoins para desbloquear os computadores do município. A prefeita Keisha Lance Bottoms reclamou que a cidade está "refém" de criminosos, após uma semana de serviços indisponíveis: assim, os cidadãos não podem pagar as contas de luz,  multas de trânsito, o Wi-Fi do aeroporto foi suspenso, a polícia está registrando boletins de ocorrência à caneta e os tribunais não emitem mais nenhum tipo de decisão.
            Hackers. Com a ajuda federal, investigadores responsabilizaram um grupo de hackers conhecido como SamSam, que já faturou US$ 1 milhão em 30 ações do tipo apenas este ano. Os alvos são hospitais, prefeituras, departamentos de polícia e universidades, vítimas cujo custo de US$ 50 mil de resgate é ínfimo perto do prejuízo de ficar sem sistema por uma semana. Ninguém sabe, no entanto, de onde são os hackers ou quantos são.
      

( Fonte:  O Estado de S. Paulo )

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