quinta-feira, 1 de março de 2018

Coisas estranhas acontecem


                        

            O  presidente Donald Trump surpreendeu, e desta vez de forma positiva. Não se sabe, decerto,  como evoluirá a sua posição em termos de armas, mas, por ora, Trump pede a congressistas que aprovem leis que restrinjam a venda de armas, no que contraria muitos republicanos - e alguns democratas - e o lobby das armas,  com a NRA à frente.
              Entre as ideias por ele preconizadas, Trump propôs aumentar a idade legal para a aquisição de armamento e prometeu banir o dispositivo que intensifica o poder de fogo de armas semiautomáticas.
              É, por certo, cedo para assinalar o grau de progresso substancial que as modificações por ele preconizadas trariam para o infame comércio de armas estadunidense.
              De qualquer modo, a tragédia no colégio da Flórida, em Miami o terá movido da sua posição anterior.  A tragédia provocada por um desequilibrado naquela instituição de ensino já o tinha abalado, como o demonstrara em mais de uma coisa.
              Será decerto uma grande ironia - e desta vez com viés positivo - que Trump venha a contrariar a National Rifle Association, até o presente soberana em termos de liberdades abusivas no comércio das armas.
               Se Trump se mostrar coerente com as suas afirmações  após a tragédia no Sul provocada por um desequilibrado, será talvez o primeiro presidente americano que vá lograr algum progresso quanto às armas, e notadamente as restrições ditadas pelo bom senso a que deve submeter-se.
               Mas Trump sendo Trump, todo cuidado será pouco na avaliação de quão real se afigura a sua nova posição em termos de armas.


( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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