O
prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella,
está multiplicando idéias pouco felizes. Naquele tom confiado com que pensa
aproximar-se dos cidadãos cariocas, disse à toda gente do Rio, que ía
aproveitar a folguinha do carnaval e
viajar para a Europa (Alemanha, Áustria e Suécia) para cuidar de assunto do interesse desta
cidade.
Pegou mal a desculpa, prefeito. Porque
carnaval não é folguinha para o
senhor. É o momento mais importante do ano, quando deveria ocupar-se da maior
festa da cidade, que é justamente o carnaval. O senhor deve é comparecer ao seu
camarote especial na Sapucaí e de lá acompanhar a festa com as escolas de samba.
Muita gente vem especialmente ao Rio
para ver, sentir e em muitos casos brincar o carnaval. Assim mesmo, prefeito,
verbo transitivo. Porque não há evento mais próximo para esta Cidade que foi
maravilhosa, e que voltará a se-lo, do que a chamada estação do carnaval. É um
estado de espírito do carioca, e o senhor deve respeitá-lo. Primeiro, porque
entrou para a eleição e virou Prefeito do Rio.
O carnaval é - e será sempre - o grande evento do Rio de Janeiro. O
carnaval, prefeito, não é festinha qualquer, mas a grande festa do Rio, cidade
maravilhosa.
Não dá para fazer o que o senhor fez,
porque pega malíssimo, muito mal mesmo. Não dá para separar Rio e
Carnaval. E o senhor não invente mais folguinhas no Carnaval, porque para redizer
em linguagem simples pega malíssimo. Todos sabemos que o senhor gosta de
viajar p'ras Europa. Se me permite dizê-lo, gosta um pouco demais. Essa de
dizer que vai à cata de drone para
trazer ao Rio, lamento dizer-lhe que não foi para isso que o povo o elegeu.
Por falar em eleição,
já é mais do que tempo de cuidar das ruas e faixas do Rio. Estão de
fazer pena. As faixas são importantes para os pedestres, e não é bonito nem
prazeroso o estado em que estão agora. As faixas, prefeito, não podem ser
abandonadas, porque elas estão estreitamente ligadas à segurança do pedestre.
Para ajudar os cariocas, porque não
aumenta o tempo de travessia das ruas e avenidas desses rídiculos oito
segundos, para honestos quinze segundos? Enfim de contas, os idosos existem e
precisam de um pouquinho mais de tempo para tentarem atravessar as avenidas e
ruas do Rio de Janeiro.
Por fim, não quero maçá-lo muito.
Ponha pardais nos sinais, para que fotografem os ônibus e carros infratores.
Terá um pouco mais de dinheiro, e poderá gastá-lo cuidando de limpar as
calçadas dos camelots que literalmente invadiram tais espaços, além de tirarem
muito dinheiro do comércio, e espalharem imagem abagunçada. Como cuidamos de nossas casas e apartamentos,
também temos de olhar pela cidade pela qual passeamos.
Procure ser um bom Prefeito, senhor
Crivella. Pesa-me dizê-lo, mas até o momento, o senhor não passa essa imagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário