sábado, 17 de março de 2018

A Missão do ARA San Juan


                                            
         Como hão de recordar os leitores do blog,  a história final do submarino argentino ARA San Juan foi objeto do acompanhamento diário pelo blog.  Desapareceu há cerca de quatro meses no sul do Oceano Atlântico,  levando 44 tripulantes para o fundo marinho.
         Agora, a história do submarino tem mais um capítulo, eis que o Governo Macri revela que a aludida embarcação não se limitava a manobras de treinamento, senão fazia também espionagem de navios britânicos.
          Segundo o chefe de gabinete argentino, Marcos Peña, "o objetivo tático  prio-ritário" do ARA San Juan era a localização, identificação, registro fotográfico de navios frigoríficos, logísticos, petrolíferos que "realizavam contrabando com um navio pesqueiro".
          Peña ainda especificou que a atividade de navios e aeronaves britânicas era monitorada a partir das ilhas Malvinas (Falkland para os ingleses) - colônia britânica motivo de um confronto entre Argentina e Reino Unido em 1982. (Na verdade, o tal confronto foi a Guerra das Malvinas, cujo desfecho, se não as trouxe de volta para a Argentina, contribuíu para desmoralizar o então governo militar argentino, o que lhe apressou a queda, e a volta dos civis ao poder).
             Há alguns meses a mídia local chegou a especular sobre a possibilidade de o submarino ter sido desintegrado por disparo de  uma embarcação britânica, o que foi  negado pelo governo.
              Como foi referido oportunamente, o submarino fez sua última comunicação  nas primeiras horas do dia quinze de novembro de 2017, quando o comandante informou aos seus superiores que a embarcação apresentava principios de incêndio em compartimento de baterias.  Segundo a Marinha argentina, o submarino comunicou depois que o problema teria sido resolvido e que iria seguir viagem até o destino final.
                O caso ainda está aberto na Justiça e é alvo de críticas pelos familiares das vítimas.  Além disso, acha-se em curso também uma investigação interna na Marinha.



( Fonte:  O Globo )

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