Como
hão de recordar os leitores do blog, a história final do submarino argentino ARA
San Juan foi objeto do acompanhamento diário pelo blog. Desapareceu há cerca de quatro meses no sul
do Oceano Atlântico, levando 44
tripulantes para o fundo marinho.
Agora, a história do submarino tem mais um capítulo, eis que o Governo
Macri revela que a aludida embarcação não se limitava a manobras de
treinamento, senão fazia também espionagem de navios britânicos.
Segundo o chefe de gabinete argentino, Marcos Peña, "o objetivo
tático prio-ritário" do ARA San
Juan era a localização, identificação, registro fotográfico de navios
frigoríficos, logísticos, petrolíferos que "realizavam contrabando com um
navio pesqueiro".
Peña
ainda especificou que a atividade de navios e aeronaves britânicas era
monitorada a partir das ilhas Malvinas (Falkland para os ingleses) - colônia
britânica motivo de um confronto entre Argentina e Reino Unido em 1982. (Na
verdade, o tal confronto foi a Guerra das Malvinas, cujo desfecho, se não as
trouxe de volta para a Argentina, contribuíu para desmoralizar o então governo
militar argentino, o que lhe apressou a queda, e a volta dos civis ao poder).
Há alguns meses a mídia local chegou a especular sobre a possibilidade
de o submarino ter sido desintegrado por disparo de uma embarcação britânica, o que foi negado pelo governo.
Como foi referido oportunamente, o submarino fez sua última
comunicação nas primeiras horas do dia
quinze de novembro de 2017, quando o comandante informou aos seus superiores
que a embarcação apresentava principios de incêndio em compartimento de
baterias. Segundo a Marinha argentina, o
submarino comunicou depois que o problema teria sido resolvido e que iria
seguir viagem até o destino final.
O caso ainda está aberto na Justiça e é alvo de críticas pelos
familiares das vítimas. Além disso,
acha-se em curso também uma investigação interna na Marinha.
( Fonte: O Globo )
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